Noronha Lopes a presidente

Um grande clube, como o Benfica, não é apenas um projeto desportivo que tem como destino vencer, mas também uma grande empresa que tem como vocação criar as bases que sustentam a ambição de vitórias desportivas. Não há grandes clubes, na Europa e no Mundo, que não sejam em simultâneo grandes empresas, não só na dimensão da sua faturação mas sobretudo na eficiência da sua gestão e na modernidade dos seus departamentos.
No entanto e nos últimos anos, o que sentimos é que o Benfica não é essa grande empresa, eficaz e competente em todas as suas áreas e isso tem como lamentável consequência que também não consegue ser um clube com fortes capacidades de vencer. Nos últimos tempos, foi evidente a degradação lenta de muitos dos departamentos essenciais da gestão do clube, desde as finanças ao marketing, desde a manutenção da qualidade do Estádio da Luz à relação com os sócios, desde o “scouting” ao Seixal. Em todos os departamentos do clube prevalece o mesmo sentimento de falta de ambição, de paralisia estratégica, de ausência de energia inovadora. O clube parece patinar numa total incapacidade para ser melhor e mais moderno, de se tornar forte como grande empresa. e o resultado é por demais evidente: perda de força e perda de competências, que se manifestam nos resultados desportivos aquém do esperado.
Quem pode estar feliz com um Benfica que, em oito anos, apenas ganha dois campeonatos nacionais? Quem pode estar satisfeito com um clube que parece sempre à deriva, totalmente dependente dos caprichos da bola, dos árbitros, do mercado de transferências, dos desejos individuais de treinadores e até de jogadores? É tempo de mudar: mudar de gente, mudar de rumo, mudar de atitude, mudar de forma de gerir. Não precisamos apenas de um benfiquista à frente do clube, precisamos sobretudo de um grande gestor, com visão estratégica, com ideais inovadores para implementar, com uma energia saudável e nova, que consiga tirar o Benfica deste marasmo empresarial e desportivo onde se encontra. João Noronha Lopes é, de todos os que se apresentam para disputar as eleições, aquele que reúne mais qualidades como gestor, aliando as a uma seriedade inatacável. O Benfica precisa de um grande presidente, com competências na gestão, mas também com uma reputação inatacável, para que não voltemos aos tempos das parangonas nos jornais e televisões, que arrastavam a reputação do nosso clube pela lama. Para trás não, ninguém quer isso outra vez! O que queremos é um Benfica novo, de cara lavada, capaz de ser a grande e moderna empresa que consegue gerar uma grande equipa vencedora no futebol. E para isso, João Noronha Lopes é essencial. Só ele será o líder certo neste momento da história do Benfica.
observador