Aeroportos da Espanha receberão reforma de € 13 bilhões com o crescimento do turismo

Os € 12,8 bilhões (US$ 15 bilhões) para o período de 2027 a 2031 são "o maior investimento da Aena em aeroportos nos últimos 20 anos na Espanha", disse a empresa, a maior operadora de aeroportos do mundo em número de passageiros.

O dinheiro será destinado principalmente a obras em terminais, aeródromos, TI, digitalização, segurança, serviços, sustentabilidade e inovação, acrescentou em um comunicado.

O gasto "é essencial para alinhar a infraestrutura aeroportuária com o crescimento esperado da demanda e manter os mais altos padrões de segurança, qualidade e sustentabilidade ambiental", disse a Aena.

Uma indústria de turismo em expansão ajudou a tornar a Espanha, o país mais visitado do mundo depois da França, uma das economias avançadas de crescimento mais rápido.

O primeiro-ministro Pedro Sánchez elogiou o modelo de negócios da Aena, que "tornou nossa rede de aeroportos uma alavanca para aumentar a competitividade da economia, estimular o investimento e as trocas comerciais e continuar a desenvolver o setor do turismo".

"Nossos aeroportos são a primeira impressão que muitos turistas internacionais têm da Espanha", acrescentou ele em um evento no aeroporto de Alicante, no sudeste, um destino popular por suas praias mediterrâneas imaculadas.

Um avião decola ou pousa nos aeroportos administrados pela Aena a cada 12 segundos, observou Sánchez.

A Aena registrou um aumento de 10% nos lucros nos primeiros seis meses de 2025 graças ao tráfego aéreo dinâmico e ao turismo, enquanto o faturamento aumentou nove por cento, em parte devido à maior receita com taxas aeroportuárias.

A empresa se envolveu em uma disputa com a Ryanair sobre as taxas, com a companhia aérea irlandesa de baixo custo cortando mais de um milhão de assentos de inverno na Espanha devido ao que chamou de taxas "excessivas".

A Aena acusou a Ryanair de "extorsão", dizendo no comunicado de quinta-feira que o próximo ciclo de investimentos visa ser "compatível com a preservação de algumas das tarifas mais competitivas da Europa".