Emigrantes portugueses exemplares para imigrantes

Nos EUA já podemos conduzir um carro com “matrícula portuguesa” desde as comemorações do dia de Portugal a 10 de Junho de 2025. Os emigrantes portugueses convenceram as autoridades do estado de Rhode Island (RI) a emitir uma matrícula local permanente, mas com as cinco quinas, os sete castelos dourados e a esfera armilar da bandeira Portuguesa. Isto aqui não acontece por acaso nem é dado a qualquer comunidade: levou quase 10 anos de negociações e exigiu legislação especial. Acontece porque nós, os emigrantes portugueses na américa, além de amarmos Portugal tudo fazemos para nos integrarmos exemplarmente, conquistando a boa vontade e respeito genuínos da população nativa. Contamos neste artigo o que é boa emigração e imigração portuguesa e já agora o amor a Portugal. A tolerância à nossa cultura não foi imposta à força, mas foi conquistada pelos excelentes e consistentes exemplos da comunidade portuguesa nos EUA.
Antes de apresentarmos tais exemplos, ressalvamos que em Portugal parece que se quer impor tolerância à força, não permitindo diversidade de opinião, nem dando poder de decisão ou negociação à população nativa, enquanto não se exige aculturação aos outros. Ora, devemos exigir dos imigrantes em Portugal os mesmos altos padrões que os Portugueses demonstram lá fora quando são imigrantes. Para qualquer país prosperar e ter futuro tem de haver união baseada num sentimento de pertença suportado por valores culturais e objetivos comuns. Isto não é entendido pelos cataventos da moda globalista woke, já gasta e fora de pico, mas ainda potencialmente letal para a nossa cultura e melhor interesse de Portugal e dos portugueses.
São frias as bicas curtas do luso jornalismo sobre os 1.2 milhões de imigrantes que de repente (8 anos de Costa) apareceram em Portugal sem referendo eleitoral nem aviso em campanha. Costa parece ter fintado a democracia, mas admoestam-nos que somos nós que não gostamos dela. Doutrinam-nos que se questionamos o que nos foi imposto é porque, claro, odiamos. Nos textinhos vemos caras de autores, mas questionamo-nos se não foi uma IA básica que os fez sob a ordem: “Escreve banalidades, lugares-comuns, negações da realidade e ficções woke muito usadas no passado pelo jornal Guardian em Londres, mas adapta-as a lugares de hoje em Lisboa.”
Só que a realidade atual é muito mais complexa que tais pregações woke ultrapassadas. Será que que atrair os empregados mais qualificados do mundo da OpenAI (ChatGPT) que custam 100 milhões de dólares como a Meta (Facebook) faz é disparate e os promotores woke dos salários de 600 euros em Portugal é que são espertos? Tais doutrinadores, dizem-nos, por exemplo, que em Portugal não há pressão na descida dos salários por virem repentinamente um milhão de maioritariamente não qualificados, contrastando com o milhão de nativos maioritariamente qualificados que saiu. Insistem que exportar mão de obra qualificada e importar mão de obra não qualificada e mal paga é a chave da competitividade e sucesso futuro para Portugal, incluindo da segurança social! Além de se acharem mais inteligentes que os líderes do ChatGPT e do Facebook impingem-nos ainda que também não há sobrecarga na habitação ou nos hospitais públicos de um país pequeno, com poucos recursos. Nem sequer há questões de segurança apenas perceções quando se importam milhões de cidadãos. O leitor não acredita em tantas maravilhas e acha que Altman e Zuckerberg percebem mais de economia do que os nossos pregadores woke? Insultá-lo-ão para o intimidar a acreditar: “Salazarista!” Tais doutrinadores acham que todo o nosso passado e presente se resume a um papão. Nunca se emocionaram como nós a ouvirem a Sétima Legião a cantar “tem mil anos uma história de viver a navegar”. Somos parte e damos continuidade a essa história de que todos nos devemos orgulhar e queremos partilhar. Portugal produziu, por exemplo, comunidades exemplares emigradas que testemunhámos pelo mundo.
Vivemos atualmente na área de Boston, a capital do estado de Massachusetts (MA) nos EUA. Aos domingos guiamos entusiasmados a família, incluindo filhos pequenos, cerca de 70 km para sul, até a um pequeno grande Portugal. No sul de MA, transbordando para o já referido estado vizinho de RI, a cultura portuguesa está orgulhosamente viva e recomenda-se. Aqui, apesar de vivermos longe da origem, entre tanta inovação (Boston é líder da IA à biotecnologia, passando pela robótica) e muito mais ofertas económicas, de lazer e culturais (por exemplo, nova Iorque está a poucas horas de carro) do que as que os já referidos doutrinadores têm acesso em Lisboa, respeitamos a cultura portuguesa. Em cidades como Fall River e New Bedford em MA ou Cumberland e East Providence em RI, entre tantas outras, há inúmeras instituições portuguesas cheias de famílias luso-americanas (Associative movement – Portugal in USA – Consulate General of Portugal in Boston; Associative movement – Portugal in USA – Vice-Consulate of Portugal in Providence).
Somos centenas de milhares aqui a partilharmos do amor pela cultura portuguesa e a transmiti-lo aos filhos, netos ou bisnetos. Crianças pequenas, mesmo que não falem bem português, já sabem o que é a cultura portuguesa, tem-lhe amor e dão-lhe valor. Queremos manter viva no mundo esta cultura e celebrá-la por gerações vindouras! Entendemos o valor de preservar aquilo que de excelente foi construído e acumulado ao longo das gerações passadas em Portugal. Uma base sólida, que não pode ser desbaratada, para melhorar ainda mais a nossa cultura.
Há aqui toda uma comunidade luso-americana que através das suas vivências e voluntariado organizado mantem os valores culturais portugueses como, por exemplo, os brandos costumes que fizeram até agora de Portugal um dos países mais seguros do mundo (e continuarão a fazer se os respeitarmos e defendermos). Curiosamente, algumas destas cidades são bem “duras” e têm violência, mas quando se chega aos bairros portugueses pode-se andar à vontade a pé nas ruas. Por exemplo apesar de todo o alarido exagerado na comunicação social portuguesa sobre os raides da atual administração americana contra imigrantes ilegais ou com atividades ilícitas, contam-se pelos dedos da mão as famílias portuguesas afetadas segundo noticias recentes do Portuguese times (sem link porque a edição física nem sempre está disponível digitalmente). Isto entre centenas de milhares de famílias luso-americanas que vivem na nova Inglaterra. A comunidade portuguesa é exemplar no respeito pela lei local logo não é significativamente afetada.
Nós os emigrantes luso-americanos importamos para aqui também o espírito explorador, navegador, criativo e proactivo na ultrapassagem dos mais variados cabos de dificuldades, até ao sucesso obtido através de muito trabalho, quando chegamos a novos lugares. Não pedimos nada ao estado em idade adulta e produtiva. Não fazemos filas à frente da segurança social americana a não ser quando somos idosos (reforma federal a partir dos 62 anos e saúde do estado medicare a partir dos 65 anos) ou se realmente precisarmos (saúde do estado medicaid para os que ganham abaixo do limite). Arregaçamos as mangas, trabalhamos e fazemos o melhor pela nossa família e pagamos todas as contas, sem causar quaisquer desacatos. Podíamos listar valores culturais lusitanos muito positivos e recomendáveis sem fim, mas ressalvemos que tais valores incluem sobretudo o respeito e obediência pelas leis e costumes de qualquer dos muitos países para onde emigramos, neste caso a América. Tivemos ou observamos o mesmo comportamento de emigrantes lusitanos na França, Luxemburgo, Suíça, Reino Unido, Macau, África do Sul e Brasil.
Os países para onde os portugueses emigram acolhem-nos bem porque fazemos por isso, esforçando-nos individualmente e em conjunto, por demonstrar gratidão e integração. Não nos isolamos nem anulamos a cultura local, apenas adicionamos a nossa cultura lusitana a quem quiser experimentá-la. Qualquer país gosta de ter emigrantes com uma cultura assim tão afável! Por exemplo celebrámos recentemente o já referido dia 10 de Junho de Portugal, Camões e das comunidades portuguesas (para a qual convidamos americanos de todas as outras etnias) por toda a nova Inglaterra ( See the ceremony at the R.I. State House to showcase Portuguese culture; https://providence.consuladoportugal.mne.gov.pt/en/the-consulate/news/2025-ri-day-of-portugal-events; | Community | 41st Annual Heritage Day of Portugal in Massachusetts – Boston, MAPortuguese American Journal ; https://www.heraldnews.com/story/news/local/ojornal/2025/06/13/guide-to-new-bedford-day-of-portugal-celebration-music-food-and-more/84191563007/). Preparamo-nos já para celebrar aqui as festas dos Santos Populares portugueses como as do São João, com sardinhadas e sagres (ou superbock) com amigos portugueses agendas em vários clubes. No entanto a 4 de julho vamos celebrar também o dia da Independência Americana com amigos americanos, fazendo grelhados americanos regados com Miller, vendo os muitos fogos de artifícios. Içámos, com orgulho, nos relvados frente às nossas casas aqui nos EUA, a bandeiras Americana e Portuguesa, em conjunto. Continuarmos a “ir à Índia sem abandonar Portugal”, como explicava Agostinho da Silva.
Os nossos bons valores são exemplares e não acontecem por acaso. Por exemplo, os nossos brandos costumes, mesmo comparados com a vizinha Espanha, talvez se devam à nossa localização periférica. Esta poupou-nos à “bestialidade belicista” do resto da europa, segundo Oliveira e Costa em “Portugal Na História Uma Identidade.” José Gil em “Portugal ou o Medo de Existir” explica esses brandos costumes como consequência da morosidade da justiça que tem obrigado os portugueses a entenderem-se para resolverem divergências entre si sem violência. Tudo isto pode coexistir. Freitas do Amaral em “Da Lusitânia a Portugal” prefere enfatizar a nossa ligação profunda à europa ocidental, em vez da periferia. A nossa cultura construiu-se ao longo de muito tempo e pelo mundo da língua portuguesa, sendo um fenómeno único e de grande valor acumulado. Isto é claro em todas as boas histórias de Portugal, de Oliveira Marques a José Mattoso, passando por Rui Ramos ou Jaime Nogueira Pinto (estes dois últimos alem de excelentes historiadores são dos melhores aqui no Observador a apontar caminhos futuros aos portugueses diferentes da esquerda globalista gasta. É uma honra poder escrever ao lado deles).
Para mantermos esta nossa cultura milenar existem assim na zona a sul de Boston e ao redor da própria capital de MA escolas de língua e história portuguesa, desfiles portugueses com motivos das várias regiões de Portugal e muitos clubes de amigos portugueses (incluindo Madeirenses, Açoreanos ou de Penalva do Castelo) de Central Falls a Bristol em RI ou de Attleboro a Taunton em MA. Há ainda jornais como o Portuguese Times, rádios como a WJFD 97.3, supermercados como a Portugália de Fall River, pastelarias como a Central de Pawtucket, bancos americanos que na realidade são quase portugueses (adquiram as antigas instituições financeiras lusas como o Bristol County Savings Bank que herdou o Millennium BCP), restaurantes como o Sagres, música, gastronomia ou eventos de confraternização com base em vários motivos culturais e festas portuguesas, clubes portugueses de desporto, casas dos clubes portugueses de futebol, procissões, catequeses em instituições religiosas prevalentes em Portugal como varias igrejas católicas, com missa em Português, que honram Nossa Senhora de Fatima, bandas filarmónicas (parecidas com a do emocionante vídeo de David Fonseca “Só depois, amanhã”, ranchos folclóricos, etc. Somos membros há quase 20 anos de vários destes clubes luso-americanos de MA e RI, inclusive dos mais humildes e sempre com orgulho, desde que viemos estudar para as universidades daqui. Somos também membros dos grupos de portugueses e luso-americanos pós-graduados dessas universidades. Confraternizamos quer com os portugueses mais idosos e menos qualificados que para aqui vieram a seguir à erupção do vulcão dos capelinhos e depois, após a guerra colonial, quer os portugueses mais novos e hiper qualificados que vêm para as universidades dos EUA. Ambos estes grupos fizeram e fazem contribuições fantásticas para o país que os acolheu.
Enquanto nós emigrantes lusos vemos com agrado os nossos filhos, na mesma tarde, a jogarem Lacrosse, um desporto muitíssimo americano, típico de famílias anglo-saxónicas mas inventando pelos nativo-americanos, num subúrbio prospero perto de Boston em MA, mas a seguir irem para um subúrbio modesto perto de Providence em RI, dançarem num rancho português tradicional, as catavaventos woke do nossos jornais e politicas globalistas de círculos pequenos de Lisboa, com certeza só quereriam lacrosse para os filhos na cidade americana mais rica e menos portuguesa. Fariam certamente cara enjoada porque muito limitada e ensimesmada, sobre ranchos. A cultura portuguesa causa-lhes desconforto pois tem pouco mundo e acham que fica bem preferirem só as modas globalistas de fora que lhes ditam o que traduzir para pensar e repetir. Os políticos e jornalistas fechados em cocktails woke de Lisboa a traduzirem o Guardian deviam alagar os horizontes viajando e vivendo mais. Virem a comunidades lusas ver o que é a realidade, perceber o que são excelentes imigrantes.
Além do pequeno Portugal dos estados da nova Inglaterra nos EUA (MA, RI, NH, CT, VT e ME) que descrevemos acima, por vezes, quando queremos sol no inverno e não conseguimos ir a Portugal, fazemos viagens mais longas, até Palm Coast na Florida onde também encontramos clubes de luso-americanos a manter as nossas tradições (e na Costa Oeste, especialmente na Califórnia, em áreas como San Jose, também os há) igualmente empenhados em manter a cultura portuguesa voluntariamente, por pura paixão.
Em tempos anteriores, quando estudávamos, trabalhávamos e vivíamos no midwest americano, guiávamos milhares de quilómetros até Newark, em Nova Jersey (mais especificamente Ironbound) também para matar saudades dessa cultura portuguesa que amamos e ir a restaurantes como a Marisqueira Seabra e outras instituições portuguesas de lá, incluindo os já referidos grupos de estudantes pós-graduados portugueses espalhados pelos EUA cujas reuniões ainda hoje frequentamos quando pudemos. Ai fizemos amigos para a vida. Igualmente quando vivíamos em Oxford na Inglaterra nós e outros emigrantes confraternizamos e celebrávamos a cultura portuguesa em cafés lusos na própria Oxford ou em South Lambeth, Londres, área de Stockwell. Em Paris vamos aos restaurantes portugueses que lá há por todo o lado, desde o Saudade ao Pedra Alta. Foram momentos emocionais de orgulho e agradecimento quando fomos a Olinda no Brasil e Macau na China e presenciámos o legado fascinante lá construído durante centenas de anos e deixado pelos portugueses (só nos emocionamos outra vez assim: quando vimos as festas de primeira comunhão dos nossos filhos nas igrejas católicas contemporâneas luso-americanas, iguais em pujança e participação da população toda às que os nossos avós e bisavós descreviam em Portugal. Há muitas outras tradições que resistiram aqui mais).
Em Portugal, na bela Vila Praia de Âncora, entre muitos luso-franceses que de lá emigraram para França, incluindo da nossa família, lemos recentemente com agrado “A Arte de Ser Português” de Teixeira de Pascoaes. Como todos os emigrantes sempre que podemos não perdemos uma oportunidade de vir aos vários e belíssimos locais de Portugal matar a saudade (exemplo palavra única da nossa cultura). Às vezes basta um fim de semana na Sertã (de onde a outra parte da nossa família também emigrou para todo o mundo) ou em Sesimbra, no Sardoal ou em Albufeira, no Peso da Régua ou em Vila Real De Santo Antonio, em Caminha ou Alcácer do Sal, etc. Nunca nos cansamos de vir a Portugal disfrutar da nossa cultura que vale a pena preservar e da qual nos devemos orgulhar.
Assusta-nos que tantas coisas boas em Portugal se possam perder por causa de gente fechada em Lisboa que pensa que tem mente aberta, mas não sabe o que dizer nem fazer senão traduzir jornais que nem representam a maioria da população inglesa, quanto mais da nossa.
Fazemos pela sorte de vir frequentemente à nação que tanto amamos apesar de vivermos nos EUA e trabalharmos pelo mundo. Como todos os emigrantes, amamos a nossa cultura, e mesmo, viajando e trabalhando frequentemente pelo mundo inteiro, nunca nos cansamos dela e de cá vir. Trazemos colegas e amigos estrangeiros para Portugal cheios de orgulho justificável. Os melhores congressos científicos mundiais merecem ser feitos em Portugal. Em 2026 vai haver em Lisboa uma das maiores conferencias de biotecnologia no mundo (BIO-Europe Spring | Europe’s Largest Springtime Biotech Partnering Event). A hospitalidade e restauração portuguesa aliada à arquitetura e design de interiores contemporâneos (bem como os monumentos históricos e paisagens) são de topo mundial. Ai as bicas jornalísticas são sempre bem quentes e boas (Expresso Imobiliário 12, Tivoli Kopke Porto Gaia Hotel)! Por exemplo, num sábado recente viemos de Boston a Lisboa, na TAP a ler Eça e poemas de Jorge de Sena (que também andava entre os EUA e o Portugal profundo “em longes praias, outras nuvens, outras vozes”) e ouvir no entretenimento a bordo Mariza Liz a cantar maravilhosamente Antonio variações (Marisa Liz – Guerra Nuclear) e a ver documentários sobre lugares mágicos com legado lusitano, para a onde a TAP voa, como Goa na India ou São Tomé e Príncipe em Africa. Viemos para visitarmos brevemente familiares e amigos, além de disfrutar da nossa cultura.
Ouvimos nessa noite no teatro da garagem, na Costa do Castelo em Lisboa, Afonso Rodrigues (que musicalmente acarinha os EUA quando canta como Sean Riley). Tocou-nos quando Afonso cantou os versos que Zeca Afonso cantava “ai deus mo deus, ai deus mo levou” (Cantigas de Maio – Zeca Afonso). Aquele local milenar e aqueles versos sofridos não existem por fruto do acaso, não são só da esquerda (e o que são vem da esquerda tradicional nacional não da degenerada atual globalista), mas são resultado de muitas somas que fizeram a nossa cultura ao longo de muitas gerações, incluindo sofrimentos marítimos em navegações e pescas, relatados por Torga (“Tormenta”), Verde (“Heroísmos”), Pessoa (“Mar Português”) ou Camões (“Lusíadas”). Estes são apenas meros pedaços dos milhões de outros pedaços que fazem a cultura portuguesa. O valor da Portugalidade não se destrói nem se nega, preserva-se e reinventa-se, adicionando em vez de subtrair.
Levámos o novo vinil de Afonso, autografado, para os EUA onde cancões como “Um Amor Qualquer” tem sido um sucesso quando recebemos em casa amigos americanos de diversas etnias para jantar (com louça Vista Alegre, Sagres e sardinhas ou bacalhau e Esporão, claro!). De amigos Dinamarqueses-Americanos a Vietnamitas-Americanos, passando por Indianos-, Nigerianos- Chineses- Gregos-, Saudi-, Argentinos-, Italianos-, Cabo-verde- ou Irlandeses- Americanos, etc. todos adoram a cultura portuguesa! É consensual pelo mundo inteiro (exceto nas mentes mais wokistas de uma certa área reduzida de Lisboa) que é de valorizar e preservar. Enriquece os EUA e o planeta.
Escrevemos este artigo a pensar em todos os exemplares emigrantes portugueses pelo mundo fora que já conhecemos e todos os amigos e compatriotas que em Portugal amam a cultura portuguesa. Isto além de todos os estrangeiros, incluindo aqueles que sejam exemplares imigrantes em Portugal como nós somos fora, que valorizam a nossa cultura. Escrevemos também a pensar em humildemente educar e abrir aos olhos a muitos dos nossos compatriotas que são genuinamente seres humanos bondosos, mas que acreditam ingenuamente no wokismo globalista que tem vergonha de Portugal. Isto por em Portugal serem inundados por ele a toda hora na imprensa e TV de Lisboa, quase sempre sem nenhum contraditório. Há muito mais razões para ter orgulho!
Concluímos pelo que começámos: se nos EUA foram precisos 10 anos de negociação (no estado de RI que até é muito mais relaxado e recetivo nos requisitos da imigração do que a atual administração federal (Trump’s ‘sanctuary city’ order disappeared, leaving RI officials in limbo)) para aceitar uns simples símbolos portugueses nas matrículas locais, em Portugal devemos ser também mais prudentes e exigentes em questões de imigração. Portugal é um dos melhores países do mundo que exporta dos melhores emigrantes do mundo. Portanto, merece também os melhores imigrantes do mundo dispostos a preservá-lo e contribuir para o sucesso futuro. Deve dar-se ao respeito e exigir respeito.
observador