A inteligência contra a esperteza: Lando vence

Todos os que se interessam minimamente por Fórmula 1 sabem que garantir a pole-position no Grande Prémio do Mónaco é dar um passo de gigante rumo à vitória no Grande Prémio do Mónaco. O circuito citadino do Principado é tão estreito, dificulta tanto as ultrapassagens e obriga a uma condução tão cuidadosa que partir na liderança abre desde logo a porta a um triunfo na etapa mais mítica do Campeonato do Mundo.

Este ano, a honra ficou do lado de Lando Norris. O piloto britânico da McLaren conseguiu bater na última volta Charles Leclerc, que foi o segundo mais rápido, e melhorou em dois décimos o recorde absoluto da pista que tinha sido estabelecido por Lewis Hamilton em 2019, com a Mercedes. Depois de garantir a segunda pole-position da temporada, a primeira desde a primeira corrida na Austrália, Norris lembrou que às vezes o truque está mesmo em tentar ser mais inteligente do que os outros.

O Gasly ficou sem travões e quase que levava com ele o Colapinto ????#DAZNF1 pic.twitter.com/XAiNUR4pj0

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“Existe uma mistura de muitas coisas: o carro, o facto de estarmos no Mónaco e de ser um circuito completamente diferente, e também um estilo de condução muito distinto que é necessário aqui. Há muito mais risco e compromisso, não é apenas um equilíbrio do carro. Hoje foi provavelmente a primeira vez desde a Austrália em que consegui juntar tudo isso. Não estou a conduzir mais depressa, estou a conduzir melhor, de forma mais inteligente. É o resultado de muito trabalho”, explicou o britânico, que partia à frente de Leclerc, Piastri e Verstappen, com Hamilton a arrancar em 7.º depois de ser penalizado em três lugares por ter bloqueado o neerlandês da Red Bull.

A corrida começou desde logo com dois acidentes e um safety-car virtual: Gabriel Bortoleto foi contra o muro, mas conseguiu regressar, e Pierre Gasly foi mesmo forçado a abandonar depois de destruir um pneu ao bater em Yuki Tsunoda, provavelmente na sequência de uma falha nos travões. Lando Norris foi o primeiro do grupo da frente a parar, com Charles Leclerc a não conseguir sair à frente do britânico na sua ida às boxes, e Max Verstappen voltou à pista no quarto lugar e atrás de Oscar Piastri: ou seja, com 40 voltas já percorridas, estava tudo exatamente igual no top 4.

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Verstappen into the pits for the first time

He surrenders the lead to Norris and returns to the track in P4 #F1 #MonacoGP pic.twitter.com/B4Se3bAJxF

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Leclerc is giving it everything ????

He's all over Norris' rear wing – can he force an error or find a way through? #F1 #MonacoGP pic.twitter.com/lb0TljQ8ak

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Fernando Alonso também teve de abandonar quando seguia confortável no sexto lugar, devido a problemas no Aston Martin, e Lando Norris ia controlando as ocorrências numa altura em que todos sabiam que a segunda paragem já não podia tardar muito mais. Charles Leclerc foi o primeiro a parar novamente, com o britânico da McLaren a seguir-lhe o exemplo. Max Verstappen retardou o mais que conseguiu a segunda paragem, à espera de um safety-car que permitisse uma ida à box “de borla” enquanto mantinha uma liderança aparentemente temporária, e só mudou novamente de pneus na última volta.

Lando Norris aguentou a pressão de Charles Leclerc e carimbou a vitória no Grande Prémio do Mónaco, alcançando o primeiro triunfo da carreira no Principado em conjunto com a pole-position e melhor volta da corrida, com o monegasco da Ferrari a ficar em segundo e à frente de Oscar Piastri, que continua a ser o líder do Campeonato do Mundo. Max Verstappen foi apenas quarto, seguido de Lewis Hamilton e Isack Hadjar, e a estratégia de paragens da Red Bull acabou por não compensar.

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Verstappen pits with a lap to go!#F1 #MonacoGP pic.twitter.com/5Q13qwjtJr

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LANDO NORRIS WINS THE MONACO GRAND PRIX!!! ????#F1 #MonacoGP pic.twitter.com/0M45SemqUS

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