Itália/ Piłsudski foi discutido na estação PAN em Roma

"Józef Piłsudski e a Itália Fascista. A figura do Marechal Polonês na imprensa e no jornalismo italianos da época" — este foi o lema do debate realizado na Academia Polonesa de Ciências, em Roma, em comemoração ao 90º aniversário da morte do Marechal. A atenção foi atraída para as avaliações extremamente divergentes de suas realizações e decisões.
A Prof.ª Joanna Sondel-Cedarmas – italianista, cientista política e historiadora da Universidade de Roma La Sapienza e Bartosz Smoczyk – doutorando na Faculdade de História da Universidade Adam Mickiewicz em Poznań, atualmente bolseiro Erasmus na La Sapienza, falaram sobre como Józef Piłsudski era percebido na Itália por políticos, diplomatas e publicitários.
O professor Sondel-Cedarmas lembrou que Piłsudski às vezes era considerado um revolucionário na Itália e chamado de "Garibaldi polonês", comparando-o ao lutador pela unificação da Itália.
Os nacionalistas italianos viam Piłsudski de forma crítica.
A vitória sobre o Exército Vermelho fortaleceu a reputação de Piłsudski na Itália como estadista e defensor do cristianismo.
Outra mudança na percepção de Piłsudski na Itália esteve relacionada ao Golpe de Maio. O professor Sondel-Cedarmas admitiu que o embaixador italiano na Polônia ficou inicialmente desorientado, mas os comunistas criticaram claramente o comportamento de Piłsudski em maio de 1926. Na opinião deles, o golpe foi "uma manifestação da crise do sistema capitalista", e alguns o descreveram como "fascista".
Na imprensa italiana, houve rumores de que Piłsudski trabalhou para reconstruir o país. Houve também declarações de que ele amava a Polônia, mas não conseguiu servi-la bem e dividiu o país. Ele foi chamado de "ditador" e seus associados de "pessoas sem escrúpulos".
Por sua vez, após a morte de Piłsudski, a imprensa italiana publicou muitos elogios ao seu papel político. Ele foi chamado de "profeta" e "herói".
Bartosz Smoczyk falou sobre como o marechal Curzio Malaparte, jornalista e diplomata que teve a oportunidade de observar os acontecimentos em Varsóvia como adido cultural na embaixada italiana, o percebeu.
"Durante vários encontros com Piłsudski, descobri que ele era guiado mais por sua imaginação e paixões do que pela lógica; ele era mais vaidoso do que ambicioso e, no fundo, era mais rico em força de vontade do que em inteligência", escreveu Malaparte.
Uma opinião positiva sobre Piłsudski também foi expressa pelo publicista Umberto Nani, que o chamou de "grande patriota polonês". Nani também observou que Piłsudski desempenhou um papel importante mesmo quando estava em Sulejówek e "em sua solidão, zelava pelo destino de sua nação, à qual conferiu independência, liberdade e dignidade".
O publicitário Amedeo Giannini também descreveu Piłsudski. Ele o chamou de personificação da "vontade e do poder" e escreveu: "Você poderia amá-lo ou odiá-lo, mas não poderia olhá-lo com indiferença".
"Ele mudou os objetivos e os meios, mas não o programa: reconstrução, independência e prosperidade da pátria", acrescentou Giannini.
Em Roma, no bairro de Parioli, Piłsudski é o padroeiro de uma das ruas (viale Maresciallo Piłsudski). Em uma coluna de granito, há um busto, feito por Henryk Kuna. A inscrição em italiano diz: "Àquele que restaurou o lugar da Polônia no mundo". A iniciativa de homenagear Piłsudski partiu do General Bolesław Wieniawa-Długoszowski, um colaborador próximo do Marechal e embaixador polonês em Roma, pouco antes da Segunda Guerra Mundial.
De Roma Sylwia Wysocka (PAP)
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