“Death Stranding 2”, o entregador do apocalipse retorna com força total
Foi o jogo mais aguardado do verão. Lançado em 26 de junho, "Death Stranding 2: On the Beach" convida os jogadores a assumirem a pele de Sam Porter Bridges, um entregador de encomendas em um mundo pós-apocalíptico. Para o "The Guardian", este título é ainda mais bem-sucedido do que o primeiro. Ele brilha com sua poesia perturbadora, sua natureza meditativa e seus sistemas de jogabilidade.
O que Death Stranding 2 está tentando nos dizer? Esta é uma pergunta que você terá muitas oportunidades de se fazer enquanto joga o hipnótico e fascinante segundo jogo da série, de Hideo Kojima, onde a arte de transportar mercadorias é levada a um nível de lentidão quase provocativo. Primeiro, porque, ao vagar pelas paisagens sobrenaturais do México e da Austrália, você terá tempo de sobra para admirar os mínimos detalhes e tentar entender o que está vendo. Segundo, porque essa pergunta geralmente exige respostas verdadeiramente profundas.
Esses longos momentos de contemplação que o jogo nos convida a vivenciar são uma prova do cuidado meticuloso investido em seu design. É preciso dizer que Death Stranding 2 [lançado em 26 de junho para PlayStation 5] é bastante único em seu gênero: com sua atmosfera e ritmo narrativo dignos de um filme de arte, ele combina uma narrativa elíptica com uma mecânica de jogo precisa como um relógio. E a tensão que surge entre essas duas dimensões torna o jogo cativante. No início, você enfrenta a primeira para enfrentar a segunda e, com o tempo, saboreia ambas.
Para quem perdeu a primeira parte, Death Stranding desafia você a transportar mercadorias do ponto A ao ponto B, a pé ou com a ajuda de um veículo. Você deve entregar pacotes de comida, diversos dispositivos tecnológicos ou bens de luxo, como um entregador da Amazon operando em um mundo pós-apocalíptico.
O primeiro jogo [lançado em 2019, pouco antes da pandemia de Covid-19] começa quando uma calamidade misteriosa assola o mundo, permitindo que os mortos retornem ao mundo dos vivos na forma de entidades espectrais chamadas “Stranded”. [Coisas Encalhadas ou “BT” na versão original]. Quando um deles consegue matar um humano, cria-se uma “aniquilação”, uma espécie de bomba nuclear sobrenatural que deixa apenas uma enorme cratera.
Como a humanidade agora vive em comunidades fechadas, fragmentadas e subterrâneas, nosso herói, Sam Porter Bridges (Norman Reedus), tem a tarefa de conectar esses bolsões restantes
Courrier International
