Colômbia, entre risco de incêndios e chuvas: quase 30% do país está em alerta para incêndios e 21% para possíveis deslizamentos

A Colômbia enfrenta um clima complexo e contrastante. De acordo com o relatório mais recente do Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais (IDEAM), divulgado às 5h do dia 23 de julho de 2025, o país enfrenta duas ameaças simultâneas: incêndios florestais devido às altas temperaturas e deslizamentos de terra causados pelas chuvas persistentes.
Segundo o IDEAM, 324 municípios — 28,8% dos 1.123 municípios do país — estão em algum nível de alerta devido ao risco de incêndios florestais, especialmente nas regiões do Caribe, Pacífico e Andina. Destes, 55 municípios estão em alerta vermelho, sendo os departamentos mais críticos Tolima (28 municípios), Cundinamarca (10) e La Guajira (6).

Em La Guajira, Corpoguajira relatou a presença de 357 focos de calor no departamento. Foto: Cortesia: Secretaria de Governo de Villanueva
Por outro lado, 238 municípios (21,1% do total) estão em alerta para possíveis deslizamentos em municípios de todas as regiões do país, mas particularmente concentrados nos departamentos de Chocó (24 municípios), Antioquia e Boyacá (13 cada) e Casanare (8).

Deslizamento de terra no setor Algodonal de Quetame. Foto: Gabinete do Governador de Cundinamarca
Além das condições de risco para incêndios e deslizamentos, alertas hidrológicos estão em vigor. O IDEAM relata possíveis inundações repentinas e inundações em diversas áreas hidrológicas. Na bacia do Orinoco, há 17 alertas vermelhos, 2 alertas vermelhos locais, 17 alertas laranja e 19 alertas amarelos. Na bacia do Magdalena-Cauca, há 1 alerta vermelho, 1 alerta vermelho local, 14 alertas laranja e 13 alertas amarelos. As regiões do Caribe, Pacífico e Amazônia também apresentam níveis significativos de risco hidrológico.

A elevação repentina do Rio Suárez ameaça comunidades ribeirinhas em municípios como Villeta e Útica. Foto: Gabinete do Governador de Cundinamarca
Em relação às condições marítimas, o alerta amarelo permanece em vigor no Mar do Caribe para vento e ondas em grandes áreas, e para chuva em partes do Golfo de Urabá e no arquipélago meridional de San Andrés, Providencia e Santa Catalina. No Pacífico colombiano, o alerta laranja para chuva e o alerta amarelo para vento e ondas permanecem em vigor em toda a costa.
O país também está monitorando a temporada de furacões no Atlântico, que está ativa e continuará até o final do ano. Atualmente, há três ondas tropicais ativas: a onda 19 a leste das Pequenas Antilhas, a onda 20 no Atlântico central e a onda 21 no Atlântico leste, esta última associada à baixa pressão atmosférica. Nenhuma dessas ondas representa um risco para o país.
É assim que as chuvas se comportaram e o que se espera Na madrugada de 23 de julho, chuvas moderadas a fortes, ocasionalmente acompanhadas de trovoadas, caíram em departamentos como Córdoba, Sucre, Bolívar, Cesar, Antioquia e Santander, bem como ao longo do Oceano Pacífico. Chuvas também foram registradas no norte de Boyacá e Cundinamarca, Amazonas e Guainía, entre outras áreas.
Para as próximas 24 horas, a previsão do IDEAM prevê céu nublado e chuvas moderadas a fortes na região do Pacífico, centro-sul do Caribe, regiões andinas norte e central, bem como partes das regiões Orinoquia e Amazônia. Prevêem-se chuvas particularmente fortes em Córdoba, sul de Sucre, Bolívar, Antioquia, Risaralda, Chocó, Putumayo, Valle del Cauca, Santander, Norte de Santander, Caldas, Boyacá, Cundinamarca, Meta, Vichada, Arauca, Casanare, Caquetá e Guaviare.
Este cenário demonstra que o país está simultaneamente sob ameaça de condições climáticas extremas, por isso o IDEAM reiterou seu apelo para que se mantenha informado por meio de seus canais oficiais e acate as recomendações dos órgãos de emergência em caso de qualquer mudança nas condições climáticas.
Jornalista de Meio Ambiente e Saúde
eltiempo