História de um paciente que precisa de cinco órgãos do mesmo doador e um transplante complicado
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Luiz Perillo, um arquiteto de 35 anos de Brasília, enfrenta uma situação médica extremamente rara e complicada: ele precisa de um transplante multivisceral, que inclui cinco órgãos diferentes do mesmo doador. A espera de Perillo por transplantes de estômago, pâncreas, fígado, intestino e rim é uma corrida contra o tempo, ainda mais complicada por sua condição de saúde, trombofilia, que aumenta a formação de coágulos em seu corpo.
Nesta semana, o Ministério da Saúde do Brasil deu um passo esperançoso para pacientes como Perillo naquele país, ao anunciar a inclusão desse tipo de procedimento no Sistema Único de Saúde (SUS). "É a esperança de que meu transplante aconteça. Aumenta minhas chances de encontrar um doador compatível e poder voltar para casa depois de tanto tempo", disse Luiz Perillo, que atualmente mora em São Paulo para receber tratamento especializado.
O transplante multivisceral é um dos procedimentos mais complexos e caros da medicina atual, exigindo um centro cirúrgico avançado e uma equipe grande e especializada. Até sua inclusão no SUS, apenas quatro hospitais nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul estavam autorizados a realizá-lo, limitando severamente as opções para os pacientes.
Rafael Pinheiro, médico que participou do primeiro transplante multivisceral do país e especialista no procedimento, comemorou a decisão do ministério: "Com isso, conseguiremos tratar esses pacientes com mais eficiência, e as pessoas poderão ser tratadas em hospitais de todo o país".
Perillo, cuja doença progrediu significativamente e afetou a veia porta em 2018, enfrentou longas internações hospitalares e uma batalha constante por sua vida. Em 2021, seu estado piorou quando ela tentou salvar seu intestino, mas acabou sofrendo de desnutrição grave e se tornando dependente de hemodiálise e suporte hospitalar contínuo.
“Eu me vi naquela situação e não sabia como seria o dia seguinte, nem se meu corpo resistiria”, disse Perillo sobre os dias mais críticos de sua doença.
Apesar desses desafios, ela continua esperançosa e destaca a importância da doação de órgãos : “Uma pessoa pode salvar até oito vidas. E é até egoísmo que, sabendo disso, as pessoas não doem ou a família não permita a doação."
Hoje, com a nova política de saúde, Perillo e outros seis pacientes na lista para um transplante multivisceral renovaram a esperança de receber a ligação que pode salvar suas vidas.
Mais notícias em EL TIEMPO *Este conteúdo foi reescrito com auxílio de inteligência artificial, com base em informações do O Globo (GDA), e foi revisado por um jornalista e um editor.
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