Leisure Monitor 2025: as pessoas estão muito online, mas preferem encontrar os amigos

Hamburgo. Muitos alemães passam muito tempo em seus smartphones e na internet, mesmo que preferissem estar, por exemplo, encontrando amigos ou passando tempo com o parceiro. Este é o resultado do estudo representativo "Freizeit-Monitor 2025", publicado pela Fundação para Questões Futuras em Hamburgo. Segundo o estudo, 98% dos alemães usam a internet pelo menos uma vez por semana durante o horário de lazer. Essa proporção quase dobrou nos últimos 15 anos. Ao mesmo tempo, atividades analógicas como esportes, caminhadas e experiências na natureza estão ganhando importância. Os contatos sociais tradicionais, por outro lado, estão em declínio.
"A internet é onipresente em todas as fases da vida e agora alcançou o primeiro lugar. Ela é usada como uma distração, como uma distração", disse o diretor científico da fundação, Ulrich Reinhardt. Para o Leisure Monitor, um estudo de longo prazo que já dura 40 anos, uma pesquisa representativa com mais de 3.000 pessoas com 18 anos ou mais foi realizada em junho.
"Não nos reunimos mais ao redor da fogueira, mas sim por meio de transmissões ao vivo", explicou Reinhardt. Os motores são a conveniência, a personalização e a disponibilidade constante, segundo o futurólogo. "O consumo digital é adaptado precisamente a cada indivíduo e não exige planejamento nem deslocamento." Ao mesmo tempo, há uma necessidade crescente de desaceleração, equilíbrio e experiências físicas sensuais.
Mas muitas outras atividades estão sofrendo com o domínio da mídia, disse Reinhardt. E o homem de 54 anos tem uma resposta para a pergunta de por que a lacuna entre o desejo e a realidade é tão grande: "Porque simplesmente não reservamos mais tempo para fazer coisas em nosso tempo livre que inerentemente nos trariam mais alegria."
De acordo com o estudo, o consumo de mídia continua sendo o pilar central das atividades de lazer: além da internet, a televisão e, mais recentemente, ouvir música (ambos 83%) continuam muito populares. 72% usam regularmente as mídias sociais.
Ao mesmo tempo, a importância da grande mídia tradicional está diminuindo. Desde 2010, o uso de jornais impressos caiu de 72% para 38%, e o da televisão, de 97% para 83%. Formatos sob demanda, como serviços de streaming (58%) e YouTube (53%), estão ganhando espaço.

Amizades são como quase tudo na vida: pouquíssimas duram a vida toda. Às vezes, pode até ser a melhor decisão deixar uma amizade para trás. Mas isso não muda o fato de que dói. O que ajuda quando finalmente acaba?
Apenas em sexto lugar está algo que não requer conexão com a internet: perseguir seus pensamentos. 73% dos entrevistados fazem isso pelo menos uma vez por semana. Atividades offline, como conversar sobre coisas importantes, passar tempo com o parceiro, tomar café e comer bolo ou simplesmente relaxar, são citadas por cerca de dois terços dos entrevistados como atividades de lazer regulares. Uma constante é a leitura de um livro: cerca de um terço dos entrevistados ainda lê um livro pelo menos uma vez por semana.
De acordo com o Departamento Federal de Estatística, cerca de 4% dos jovens de 16 a 74 anos nunca estiveram online em 2024. Isso corresponde a quase 2,8 milhões de pessoas. Quanto mais velha a população, mais usuários offline existem. A Alemanha, com 4% de usuários offline, está logo abaixo da média da UE, de 5%.
Ao mesmo tempo, as pessoas também foram questionadas sobre o que mais gostam em seu tempo livre. Engana-se quem pensa que este ranking se assemelha à lista de atividades de lazer regulares. Em vez de atividades online, atividades exclusivamente offline estão no topo da lista de desejos de lazer de muitos alemães.
Quase três quartos dos entrevistados gostam de passar tempo com o parceiro (74%). Para muitos, a intimidade física é a segunda mais prazerosa: 70% citam erotismo e sexo. Atividades espontâneas e dormir até mais tarde também são bem avaliadas (ambos com 68%). Em seguida, no ranking, estão hobbies, passar tempo na natureza e com animais, sair para comer, atividades com crianças e sair com amigos.
No entanto, os contatos sociais estão diminuindo: 20% dos entrevistados se encontram regularmente com amigos em casa – uma queda de 4 pontos percentuais. Visitas à família ou com ela e brincadeiras com crianças estão diminuindo. Formas tradicionais de socialização, como ir a pubs ou casas noturnas, também diminuíram significativamente.
Reinhard considera isso preocupante. O futuro do lazer depende de conseguirmos utilizar com sucesso as oportunidades digitais sem perder o nosso senso de comunidade. "Porque a verdadeira qualidade de vida não surge no espaço digital, mas no equilíbrio entre a conveniência virtual e a interação na vida real."

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A descoberta mais surpreendente do Leisure Monitor foi que o esporte está passando por um renascimento. "Mais da metade dos alemães praticam atividade física pelo menos uma vez por semana. De correr e ir à academia a caminhar — todas essas atividades aumentaram. Estamos realmente percebendo que os alemães redescobriram o esporte por si mesmos." Em 2010, apenas 31% relataram praticar esportes regularmente; em 2025, esse número subiu para 51%.
Um truque para maior satisfação na vida cotidiana é o equilíbrio, continuou Reinhardt: "Encontrar um bom equilíbrio entre online e offline, entre atividade e passividade, entre individualidade e comunidade." De acordo com o Leisure Monitor, as mulheres têm atualmente mais probabilidade de alcançar isso do que os homens, e os idosos têm mais probabilidade de alcançar isso do que os jovens. Eles vivenciam seu tempo de lazer, em geral, como algo mais emocional ou positivo.
Se esse equilíbrio puder ser alcançado de forma mais eficaz em geral, a sociedade estará no caminho certo. "Então, o tempo de lazer será significativamente mais satisfatório para os cidadãos alemães."
dpa/KNA/RND
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