O 'cara mais durão' da Grã-Bretanha quer que você se junte a ele na 'aventura da vida' se tiver coragem
Um destemido atleta de resistência está lançando sua própria empresa de viagens para qualquer um que se sinta louco o suficiente para acompanhá-lo em uma de suas aventuras radicais. Russ Cook, também conhecido como The Hardest Geezer, foi a primeira pessoa a correr toda a extensão da África. E tendo completado recentemente sua mais recente missão, correr toda a extensão da Nova Zelândia, Russ diz que seu próximo desafio é atrair outras pessoas para suas aventuras. Em setembro, ele e meia dúzia de investidores lançarão a "Hardest Adventures", oferecendo a pessoas comuns a chance de encarar desafios extraordinários.
Inicialmente, serão quatro aventuras: escalada ao Campo Base do Everest , Machu Picchu no Peru, os Bálcãs e o Monte Kilimanjaro na Tanzânia . As missões serão em grupos de 20 a 30 pessoas, algumas lideradas por Russ.
Ele explica: “Na minha juventude, eu sempre buscava um significado. Agora sinto que encontrei meu propósito e quero ajudar outras pessoas a encontrarem o delas. Acho que existe um apetite real por esse tipo de aventura. As pessoas querem uma experiência realmente diferente e significativa quando viajam, longe da internet o tempo todo.“Eles querem poder desafiar a si mesmos, poder contar aos filhos ou netos que fizeram isso.”
Russ organizou recentemente uma viagem ao Kilimanjaro com uma mulher com câncer terminal. Ele abre um sorriso enorme: "Vê-la superar o mal da altitude e alcançar o que queria foi incrível." O jovem de 28 anos, natural de Worthing , West Sussex, agora morando em Londres, correu toda a extensão da África , cobrindo 2.498 quilômetros em 73 dias. E teve muitos momentos difíceis ao longo do caminho. Na República Democrática do Congo, ele foi capturado sob a mira de uma arma e mantido refém por dois dias, após se separar de sua equipe de apoio. "Fiquei absolutamente apavorado e realmente pensei que ia morrer", lembra ele. Minha equipe estava tentando me encontrar para trazer dinheiro. A bateria do meu celular estava descarregada. Fui levado na garupa de uma motocicleta por sete horas e mantido em um galpão de madeira na selva. O chefe da aldeia falava um pouco de inglês e, assim que souberam que o dinheiro estava chegando, fui levado a uma partida de futebol na aldeia, que se transformou em uma briga generalizada, e até compareci ao funeral do filho do chefe da aldeia. Fui o primeiro homem branco que eles viram em uma década. Fui avisado de que a DCR era extremamente hostil aos europeus, mas não fazia ideia. Assim que minha equipe conseguiu me encontrar e entregar o dinheiro, entre £ 1.000 e £ 2.000, eu estava livre para ir.
“Não tenho certeza se faria algo tão imprudente novamente.”
Em sua juventude mais selvagem, o Hardest Geezer revela que estava preparado para morrer durante seus feitos de resistência. Agora, ele diz que realmente quer viver. "Eu realmente gostaria de me casar e ter uma família um dia", diz ele, mesmo que ambos possam ser considerados testes de resistência. Mas correr a África inteira foi mais do que apenas um objetivo pessoal e uma estreia mundial para Russ – ele também arrecadou mais de £ 1 milhão para duas instituições de caridade.
São elas: The Running Charity , que oferece programas de corrida e saúde mental para pessoas com dificuldades, e Sandblast , que apoia a população indígena saaraui do Saara Ocidental.
Russ admite que não é estranho a problemas de saúde mental e lutou contra o vício do jogo e o alcoolismo. Quaisquer que sejam seus motivos pessoais para trocar vícios destrutivos pela corrida, o caçador de emoções certamente causou um impactoDuas semanas após concluir o Projeto África, ele foi convidado para correr com o então primeiro-ministro Rishi Sunak por Westminster.
Mas a corrida na África cobrou seu preço de sua saúde e ele está se esforçando para recuperar a forma física máxima para quebrar o recorde da corrida mais longa, que atualmente é de 560 km em 80 horas.
"Minha visão está turva agora por causa da areia do Deserto do Saara. Perdi meus óculos de sol e tenho muitos acrocórdons por causa do sol", diz ele. "Também peguei muitos parasitas intestinais por causa do que comi na África – vermes enormes! Eu estava me sentindo péssimo, mas não sabia o porquê." Ele se sente à vontade para entrar em detalhes mais escabrosos, mas tenho medo de que isso desanime as pessoas de se juntarem às suas aventuras.
Basta dizer que Russ sofreu com múltiplas crises de intoxicação alimentar, gripe e fortes dores nas costas, o que o obrigou a tirar dois dias de repouso, durante os quais recebeu tratamento em um hospital na Nigéria. Mas é preciso mais do que tudo isso para detê-lo.
No início deste ano, ele correu toda a Nova Zelândia, do extremo sul da Ilha Sul até o Cabo Reinga, na Ilha Norte. Mas agora ele quer se concentrar em ajudar outras pessoas a realizarem seus sonhos.Ele também se uniu recentemente à empresa de relatórios de crédito Experian para ajudar os jovens a assumir o controle de suas finanças.
Como ex-jogador com problemas com bebida, ele é possivelmente uma escolha incomum para promover um planejamento financeiro sensato – mas insiste que há paralelos entre corrida e gestão financeira. "Quando eu era mais jovem, eu sempre buscava a solução rápida, a dose rápida de dopamina, fosse uma bebida ou um jogo", explica ele. "Correr te dá gratificação tardia. No começo é difícil, chato e doloroso. Mas depois, se você persistir, a recompensa vem." "Se você puder aplicar os mesmos princípios ao dinheiro, não gastará demais nem comprará por impulso."“Os mesmos princípios de resiliência, disciplina e definição de metas podem ser aplicados às suas finanças, assim como à corrida.”
As finanças de Russ certamente melhoraram desde os dias em que ele trabalhava como faxineiro e servia cerveja. Ele se tornou um rosto popular e distinto no circuito de palestrantes corporativos, com sua espessa barba ruiva e um acervo de anedotas sobre seus desafios extremos.
No passado, isso incluiu correr de Istambul à Inglaterra em 68 dias sem equipe de apoio em 2019, estabelecer o recorde mundial de maratona mais rápida puxando um carro – nove horas e 56 minutos em 2020 – e, em 2021, ser enterrado vivo por sete dias com apenas 20 litros de água e um tubo de ventilação. O evento extenuante foi transmitido ao vivo.
Depois veio a África em 2023, seu maior desafio até então, e no ano passado, durante a Eurocopa, Russ correu para todos os jogos da Inglaterra. Sua rota começou no Estádio de Wembley, depois seguiu para Gelsenkirchen, na Alemanha, e depois pegou a balsa de Harwich para Hook of Holland. De lá, ele correu para Frankfurt e Colônia antes de retornar a Gelsenkirchen.À medida que a Inglaterra avançava nas quartas e semifinais, Russ correu para Dusseldorf, Dortmund e Berlim para a final. E então, no início deste ano, veio a corrida pela Nova Zelândia.
Toda essa viagem pelo mundo e o trabalho de caridade levaram a um convite para o Royal Box em Wimbledon este mês, o que provavelmente estava mais fora de sua zona de conforto do que qualquer um dos destinos radicais que ele já visitou pelo mundo. "Levei minha mãe, Cathy", diz ele. "Não sou nada de sangue azul e estava muito nervoso para estar lá, mas todos foram muito simpáticos. Almoçamos com Stephen Fry e Cherie Blair e comemos uma comida bem chique." Isso significa que o Cara Mais Durão talvez esteja ficando um pouco mole na velhice? O que vem a seguir? Um pacote de férias para um país europeu agradável e seguro?“Acabei de voltar de uma despedida de solteiro em Magaluf”, ele ri. “Isso sim foi um teste de resistência!”
Daily Express
