Celine inaugura uma nova era, e é impecavelmente elegante
Já se passaram sete anos desde a última vez que Michael Rider esteve na Celine , onde trabalhou por uma década como diretor de design sob a renomada Phoebe Philo, e muitas coisas mudaram. Enquanto Hedi Slimane assumiu, abandonou o sotaque agudo do nome e se afastou da feminilidade de Philo, Rider aprimorou seu lado preppy como diretor criativo da Ralph Lauren. Agora, na passarela, é como se as diversas influências de sua carreira tivessem formado um álbum de recortes para compor sua estreia na Celine.
À medida que as modelos se deslocavam pelos assentos em forma de um emblema C entrelaçado, a visão esportiva universitária se concretizou imediatamente. Duas coisas da coleção se destacaram com clareza: acessórios e estilo reinaram supremos. De certa forma, esse método cria uma visão de luxo incrivelmente acessível, com pontos de entrada tangíveis. Você aspira comprar as peças lindamente construídas, mas se sente inspirado a mudar a maneira como se veste, seja incorporando um lenço de seda ao seu guarda-roupa, cortando a barra da gravata com uma tesoura ou empilhando cada joia que possui.
Os cachecóis, também presentes em diversas coleções masculinas na semana passada, foram um tema dominante na passarela (o convite era composto por um). Muitos foram adornados com um padrão de logotipo diferente: um "C" mais fino, quase em forma de lua crescente. Um acessório de abas largas em particular evocou o fantasma da moda passada. Com o relançamento do icônico Phantom da Philo, a Rider aproveitou com inteligência a onda de ressurgimento das It-bags.
Para bolsas penduradas no ombro — e, em um caso, combinadas com uma jaqueta de couro bege com patchwork — quanto maior, melhor, emulando uma estética acadêmica jovem. A glória arrogante do Brat Pack e a personificação da era preppy dos anos 80 — especificamente no filme sobre amadurecimento, Fogo de Santo Elmo — vêm imediatamente à mente. Dê um toque francês com calças skinny e sapatos minimalistas que combinam topsider e Keds, e você resumiu a estreia de Rider.
Não há dúvida de que uma versão poderosa e brilhante dos anos 80 está dominando as passarelas atualmente. É um alívio ver designers brincando habilmente com belos estilos e um prazer testemunhar cada interpretação. Para Rider, isso se manifesta em peças de inspiração yuppie — sem dúvida um resultado de sua passagem pela Ralph Lauren. No entanto, é sua notável mistura de subversões sutis, como enfiar calças largas de terno em sapatos de boxe estampados com o logotipo ou se aventurar com moletons e silhuetas retrô, que o impede de se ater demais ao manual preppy.
Alexandra Hildreth é editora de notícias de moda da ELLE. Ela é fascinada por tendências de estilo, notícias da indústria, mudanças e The Real Housewives . Anteriormente, estudou na Universidade de St. Andrews, na Escócia. Após a formatura, voltou para Nova York e trabalhou como jornalista e produtora freelancer.
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