Complemento solidário para idosos aumenta 40 euros em 2026

O valor de referência do complemento solidário para idosos (CSI) deverá aumentar 40 euros em 2026. Esse será, segundo a edição desta terça-feira do Jornal de Notícias, o valor inscrito pelo Governo na proposta de Orçamento do Estado que vai ser entregue esta sexta-feira, 10 de outubro, no parlamento.
A confirmar-se a subida de 40 euros, o valor de referência do CSI passará dos atuais 630,67 euros mensais (7568 euros por ano) para 670,67 euros. O CSI é destinado aos idosos com pensões mais baixas, que recebem a diferença entre os seus rendimentos e o valor de referência.
De acordo com o mesmo jornal, a despesa com a atualização regular das pensões em 2026 acrescida do aumento do valor de referência do CSI fará com que a despesa adicional seja de 700 milhões de euros.
No final de setembro, o primeiro-ministro prometeu para 2026 um novo aumento do CSI, que já este ano passou de 600 para 630 euros. “Quando chegámos ao Governo eram 550 euros, grosso modo, aumentámos primeiro para 600, depois para 630, e até ao dia 10 de outubro, o país ficará a saber quanto é que propomos aumentar para o próximo ano“, afirmou Luís Montenegro num evento da campanha autárquica.
Na mesma ocasião, o primeiro-ministro sinalizou que no próximo ano poderá haver novamente um suplemento para as pensões mais baixas “se, a meio do ano a execução orçamental, revelar equilíbrio e folga suficiente”.
Também em setembro, o Conselho das Finanças Públicas (CFP) lançou um alerta sobre a despesa com o CSI. Segundo as contas do CFP, esta prestação pode vir a custar 1.093 milhões de euros em 2029, o que mais do que quadruplica o valor gasto em 2023 que foi de 235 milhões de euros. Em julho havia cerca de 230 mil pessoas a receber esta prestação.
No programa do Governo, o Executivo comprometeu-se a “aumentar progressivamente o valor de referência do Complemento Solidário para Idosos (CSI) até atingir o montante de 870 euros em 2029, tendo como objetivo a equiparação ao valor do salário mínimo nacional na legislatura seguinte”.
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