Marble foi a alma do dragão no reino do leão

Ao terceiro jogo, o primeiro de dois match points. Depois de um primeiro jogo bastante equilibrado, em que o Sporting até esteve perto de vencer o FC Porto pela primeira vez na presente temporada, os dragões levaram a melhor e fecharam os dois primeiros jogos das meias-finais, realizados na sua casa, com dois importante triunfos (91-81 e 83-64). Assim, com três hipotéticos jogos em frente, a equipa de Fernando Sá precisa de “apenas” uma vitória para regressar à final e enfrentar o tricampeão Benfica, que “atropelou” a Ovarense na outra meia-final (3-0). Em sentido inverso, a turma de Luís Magalhães tinha de vencer os dois jogos em casa para continuar a sonhar com a final. Contudo, os anteriores seis clássicos desta temporada caíram para o lado portista.
Outra história, o mesmo fim: FC Porto “atropela” Sporting no clássico e fica a um triunfo da final
“Temos de ter a consciência de que a eliminatória está muito difícil. Estamos a perder por 2-0 em jogos, o FC Porto tem uma excelente equipa, com um orçamento três vezes maior do que o nosso, e já tem as suas rotinas. Vamos fazer o que temos de fazer, que é treinar e preparar o terceiro jogo da melhor maneira que podemos e sabemos, mas a situação está complicada. Jogo 2? Foi um jogo muito mau da nossa parte. Nunca conseguimos entrar no jogo e estivemos mal no ataque, com más percentagens de três pontos e de lançamentos livres. Fomos precipitados e tivemos pouca paciência para procurar melhores lançamentos e, quando assim é, diante de uma equipa como a do FC Porto, acaba-se por perder. Eles conseguiram criar uma boa vantagem desde cedo e souberam-na manter até ao final”, abordou Magalhães.
“Percebemos que estamos num momento de playoffs extremamente importante, com equipas com os mesmos objetivos que nós e, se não encararmos os duelos com intensidade e responsabilidade desde o primeiro minuto, as coisas podem complicar-se. Temos boas sensações em vários aspetos. Pela forma como todos os jogadores encararam os minutos que tiveram, muitos deles em prol de alguns que jogam menos minutos e de outros que precisam de descansar, tendo sido a iniciativa dos próprios jogadores a fazer isso. São coisas que temos vindo a construir ao longo da época e deixa-me satisfeito, mas temos de estar com os pés bem assentes no chão. Na sexta-feira tínhamos quatro jogos para vencer dois e agora temos três para vencer um e chegarmos ao nosso objetivo que é disputarmos o título na final”, assumiu Sá ao site do FC Porto.
Com Jeremiah Bailey, Diogo Ventura, Anthony Barber, Uwais Razaque e Nick Ward, de um lado, e Max Landis, Wesley Washpun, Xeyrius Williams, Toney Douglas e Phill Fayne, do outro, nos cincos iniciais, os portistas entraram com o pé direito e colocaram-se em vantagem logo aos 23 segundos, através de um triplo de Douglas. Os dragões continuaram eficazes no tiro exterior e chegaram ao fim do primeiro quarto na frente, apesar de uma ténue reação sportinguista (15-19). No segundo parcial, o resultado estendeu-se para os dez pontos de distância (15-25), mas os leões recuperaram na parte final e fecharam as contas com um triplo de Uwais Razaque, que fixou o resultado ao intervalo em 36-40.
⏱️Intervalo
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Na segunda parte, Bailey colocou a bola no cesto logo nos primeiros segundos e, nos dois ataques seguintes, o Sporting completou a reviravolta com pontos de Cat Barber e Bailey (42-40). O FC Porto ainda conseguiu regressar à dianteira, mas o ala norte-americano estava a viver uma grande noite e respondeu de pronto. A 2.30 minutos do fim, Washpun reduziu a desvantagem para apenas um ponto (50-49), mas um triplo de Ventura recolocou os leões com quatro pontos de avanço. No último minuto, os verde e brancos dispararam de vez e entraram no último quarto confortavelmente na frente (63-53). Os derradeiros dez minutos começaram a todo o gás, com os ataques a evidenciarem-se, o Sporting chegou a ter 13 pontos de vantagem (66-53), mas os dragões responderam e reduziram a distância para os quatro pontos, levando Luís Magalhães a parar o jogo (70-66).
Depois de um período de lançamentos falhados de parte a parte, Devyn Marble voltou a colocar o resultado com apenas um ponto de diferença (71-70) e, depois de os leões falharem no ataque, o base portista completou a reviravolta (71-72). A partir daí registaram-se diversas trocas na liderança, até Fayne marcar e Barber desperdiçar um triplo já dentro do último minuto (74-76). No outro cesto, Landis falhou o triplo e, na linha de lance livre, Ward falhou os dois lançamentos. A 21.6 segundos do fim, Fernando Sá solicitou duas pausas técnicas seguidas e Marble acrescentou mais dois lances livres no recomeço (74-78). Na última jogada, nem Bailey, nem Barber converteram o triplo e o FC Porto saiu de Lisboa com a terceira vitória e o apuramento para a final (74-78). Bailey e Marble foram os melhores em campo, com 22 pontos.
Estamos na FINAL da Liga ????????
Vitória em Lisboa e 3-0 na meia-final ????#FCPortoBasket #FCPortoSports pic.twitter.com/polyQnA8Qt
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Desta forma, pela segunda temporada consecutiva, Benfica e FC Porto voltam a encontrar-se na final do Campeonato Nacional de basquetebol. As duas primeiras jornadas vão ser realizadas no Pavilhão da Luz e estão agendadas para os dias 8 e 10 de junho. O terceiro encontro vai acontecer no dia 13, no Dragão Arena, palco que também vai acolher o quarto jogo, caso seja necessário, a 15. Três dias depois disputa-se a negra, novamente na Luz, em caso de igualdade.
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