Portugal merece um futuro. E pode começar em Braga

Portugal precisa de bons exemplos de governação local. Cidades que não apenas produzam, mas que inspirem. Que não apenas mantenham, mas que reinventem. Braga tem tudo para ser uma dessas cidades — não por milagre, mas por matéria: tem dimensão, talento, cultura, capacidade de atrair investimento e massa crítica. E tudo isto pode ser potenciado com uma liderança comprometida, presente e preparada.
É aí que entra o João Rodrigues.
Para muitos, a política tem sido cada vez mais o reflexo de promessas gastas e jogos repetidos. As pessoas vão paulatinamente deixando de acreditar — não por cinismo, mas por cansaço. E isso só se transforma a partir de dentro, quando se volta a ouvir o essencial. Com o João, não foi um discurso. Foi um modo de estar. Conhecer de perto o seu trabalho, os pequenos gestos, a atenção ao detalhe, a forma como insiste em ouvir antes de responder, reforça uma ideia antiga que já parecia perdida: a política pode ser, ainda, um lugar de sentido. De serviço. De compromisso real.
Numa época em que os discursos parecem feitos à medida do algoritmo, o João apareceu a fazer o mais raro: auscultar. Essa palavra antiga, quase fora de moda, mas que devia ser a primeira da política. Ouvir antes de fazer. Descer à cidade com o tempo de quem quer compreendê-la por dentro. Não apresentar um pacote de soluções, mas trazer a urgência de fazer as perguntas certas.
O João não vê Braga como uma segunda escolha. Nem tão-pouco carrega o peso de modelos esgotados. É de Braga, esteve e está em Braga, serviu e quer continuar a servir Braga. Tem o olhar de quem sabe que só se transforma aquilo que se conhece, e o cuidado de quem sabe que só se merece aquilo que se ama.
Foi durante oito anos vereador e apresenta-se agora como candidato a Presidente da Câmara Municipal. Conhece os corredores, os processos, os silêncios da máquina. Até aqui nada de novo, como tantos outros autarcas. Contudo, não ficou preso à rotina. O que o move agora não é o cargo — é o sentido. E esse sentido começa em escutar, em perguntar o que falta, onde se pode melhorar, para depois agir com consequência.
Estive ao lado dele desde o primeiro gesto desta nova caminhada. Vi que foi ao encontro das pessoas, sem filtros e sem megafone. E descobri que as grandes mudanças não começam nos programas, mas na humildade de parar para escutar.
O João tem a ambição certa: não quer prometer o impossível, quer realizar o necessário. E isso, na política portuguesa, é quase uma revolução. Sabe que os transportes públicos, por exemplo, não são um detalhe técnico, mas um retrato de como tratamos o tempo e a dignidade das pessoas. Como a habitação não é apenas construção, mas a forma como garantimos o direito de cada um a ter um lugar seguro. Como os espaços verdes não são um luxo, mas a maneira como cuidamos do bem-estar coletivo. E como a dinamização da economia local não é um slogan, mas a base para que as pessoas possam viver com dignidade no lugar onde escolheram ficar. E por isso fala sobre tudo isto com seriedade, sem medo de se repetir, porque o que importa não é dizer — é fazer.
Tudo isto é local, mas não é pequeno. Porque há uma política nacional que pode aprender com o que aqui se está a construir: uma forma de estar com humildade, uma liderança que não grita, mas liga. O João pode não ser conhecido por todo o país, mas é precisamente por isso que vale a pena conhecê-lo.
Braga pode — e deve — ser farol. Farol de uma nova geração de autarcas. Farol de uma política mais clara, mais justa, mais próxima. Que um dia se possa olhar para Braga e dizer, em voz baixa mas firme: foi ali que começou a mudança.
Num tempo em que tudo parece forma, pose e performance, o João traz outras coisas: presença, clareza e coragem. Não quer impor-se. Quer propor. Não quer palco, quer lugar. Não quer o poder pelo poder, quer servir.
E talvez seja esse o segredo: quando alguém entra na política sem querer ser mais do que os outros — só ser com os outros — pode mesmo mudar tudo.
observador