Por Xana, ninguém merecia mais do que ele

Supertaça em janeiro. Ligue 1 em abril. Taça de França em maio. Liga dos Campeões ainda em maio. O PSG terminou este sábado uma temporada perfeita, onde conquistou todos os troféus em que esteve inserido, e ainda conseguiu coroar as prestações incólumes com o resultado mais desnivelado de sempre numa final da principal competição europeia.
Doa a quem Doué, eles foram e são os melhores (a crónica da final da Liga dos Campeões)
Desde 1992/93 que um clube francês não era campeão europeu, quando o Marselha levantou a então Taça dos Campeões Europeus, Désiré Doué tornou-se o mais jovem de sempre a marcar e assistir numa final da Liga dos Campeões e Nuno Mendes, Vitinha, João Neves e Gonçalo Ramos juntaram-se ao lote de jogadores portugueses a chegar ao topo do futebol europeu. Pelo meio, o PSG conquistou a Liga dos Campeões que ia fugindo, num patamar que era o óbvio objetivo desde que Nasser Al-Khelaïfi entrou nos parisienses, e teve um óbvio líder para lá chegar: Luis Enrique.
Aos 55 anos, o treinador espanhol venceu a Liga dos Campeões pela segunda vez, depois de também o ter feito com o Barcelona em 2015, e ofereceu um novo capítulo a uma das histórias mais emotivas do futebol mundial. Seis anos depois de perder a filha, vítima de um cancro quando tinha apenas nove anos, Luis Enrique homenageou Xana com a t-shirt com que festejou o triunfo, que recordava uma mítica fotografia da criança durante os tempos do Barcelona, e ainda viu a claque do PSG lembrar o momento com uma tarja monumental.
Além disso, o técnico natural de Gijón entrou ainda num reduzido lote de treinadores que conquistaram a Liga dos Campeões por dois clubes diferentes, juntando-se a Ernst Happel (Feyenoord e Hamburgo), Carlo Ancelotti (AC Milan e Real Madrid), Ottmar Hitzfeld (Borussia Dortmund e Bayern Munique), Jupp Heynckes (Real Madrid e Bayern Munique), José Mourinho (FC Porto e Inter Milão) e ainda Pep Guardiola (Barcelona e Manchester City).
Luis Enrique festejando con su remera en memoria de Xana. Imposible no emocionarse ???? pic.twitter.com/3cYY5HFTjB
— Pablo Giralt (@giraltpablo) May 31, 2025
A merecida homenagem ????#sporttvportugal #CHAMPIONSnaSPORTTV #ChampionsLeague #PSG #Inter pic.twitter.com/MPMpZundTO
— sport tv (@sporttvportugal) May 31, 2025
“Fazer história era o objetivo desde o início da temporada. É hora de celebrar em grande. Senti uma ligação muito forte entre os jogadores e os adeptos. Acho que merecemos. É difícil jogar a este nível, mas soubemos gerir a pressão”, disse Luis Enrique já depois de receber a medalha de campeão europeu.
Já Vitinha, que foi titular e cumpriu os 90 minutos, lembrou a qualidade da equipa. “Queríamos ganhar o troféu por diversas razões, por ser o sonho de todos. É incrível. Nada acontece por magia, somos uma equipa muito boa. Estamos muito felizes por vencer desta maneira”, disse o internacional português.
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