Especialista: Os primeiros 8 a 10 minutos mais perigosos do voo de um foguete

Os primeiros 8 a 10 minutos de voo de um foguete são a etapa mais difícil da jornada até a estação espacial. Só quando a cápsula entra em órbita é que podemos respirar aliviados — disse o especialista em segurança espacial Mariusz Słonina à PAP, comentando sobre o lançamento planejado da missão Ax-4 na quarta-feira.
O lançamento da missão Ax-4 com a participação do astronauta polonês Sławosz Uznański-Wiśniewski para a Estação Espacial Internacional está programado para 25 de junho às 8h31.
O especialista em segurança espacial e astrônomo Mariusz Słonina, quando perguntado sobre quando a missão Ax-4 atingiria um momento de alívio, disse: "Poderemos começar a nos sentir calmos somente quando a cápsula entrar em órbita, ou seja, 8 a 10 minutos após o lançamento do foguete."
O interlocutor do PAP lembrou que somente quando uma nave espacial entra em órbita é que a fase mais "explosiva" do voo termina. "O lançamento de um foguete pode ser comparado à explosão controlada de uma carga explosiva", observou.
É justamente para a eventualidade de problemas durante a decolagem que a maioria dos procedimentos de emergência foi preparada. "Dependendo da fase do voo em que a falha ocorre, diferentes cenários se aplicam. Por exemplo, em um deles, se ocorrer uma falha, o sistema de resgate Dragon desprenderá a cápsula e a direcionará para um dos locais de pouso de emergência – no Oceano Atlântico ou Índico. Equipes de resgate aguardam nessas áreas no momento da decolagem", explicou.
Ele garantiu que a tripulação do Ax-4 estava completamente treinada para emergências. "Imagino que essa tenha sido uma parte significativa do treinamento deles", disse ele. Ele deu um exemplo de um exercício: evacuar uma cápsula que estava afundando.
Após entrar em órbita, a cápsula seguirá em direção à Estação Espacial Internacional. O procedimento de chegada e atracação levará várias horas.
"Na história dos voos da cápsula Dragon, houve problemas isolados entre a entrada em órbita e a atracação, mas eles foram resolvidos com eficiência usando sistemas de backup, mantendo os procedimentos de segurança da tripulação. A cápsula é totalmente automática, enquanto os astronautas têm a opção de controle manual", observou o especialista.
Ao mesmo tempo, ele enfatizou que a equipe da missão não pode esperar calmamente pelo desenrolar dos eventos neste momento – eles precisam verificar centenas de procedimentos em cada etapa. "Não dá para dormir tranquilo. Voos tripulados sempre envolvem riscos. É preciso manter a vigilância. A rotina pode ser desastrosa", alertou Mariusz Słonina.
Quando a cápsula atracar na ISS, será possível respirar por um instante. No entanto, após duas semanas, quando a missão na ISS terminar, momentos estressantes voltarão – desta vez relacionados ao retorno da cápsula à Terra.
E, assim como na aviação civil, o pouso é a etapa mais difícil e estressante da missão para a tripulação. Depois, nos preocuparemos, entre outras coisas, com o procedimento de desacoplamento, a entrada na atmosfera e o lançamento da cápsula com os astronautas. Mas, por enquanto, não vamos pensar nisso. Vamos aproveitar a missão que está por vir", concluiu.
"O momento em que a contagem regressiva terminar e Sławosz Uznański-Wiśniewski partir em sua missão certamente será comovente e importante não apenas para as pessoas envolvidas, mas também para todo o setor espacial. Durante décadas, vivemos a história do General Hermaszewski e do programa do ônibus espacial americano. Mas agora toda a nossa geração aguarda por este momento, porque a missão IGNIS está abrindo caminho para o espaço para nós. Uma das novas tarefas do setor espacial será agora carregar o +fogo+ desta missão", disse o especialista, referindo-se ao nome da missão IGNIS, que significa "fogo" em latim.
Ciência na Polônia, Ludwika Tomal (PAP)
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