Empresa polonesa preparará antenas de radar para a missão Ramses da ESA

A empresa polonesa Astronika participará da missão Ramses da Agência Espacial Europeia. Seu objetivo é enviar uma sonda espacial para estudar o asteroide Apophis, que passará a uma curta distância da Terra em 2029. Especialistas poloneses fornecerão antenas de radar em miniatura.

Em 13 de abril de 2029, o asteroide Apophis passará pela Terra a uma distância de 32.000 quilômetros da superfície, ou menos de um décimo da distância até a Lua. O asteroide tem 375 metros de comprimento, então seu impacto teria consequências catastróficas. Um sobrevoo tão próximo do nosso planeta é uma oportunidade para estudar o objeto em detalhes. É por isso que agências espaciais e instituições científicas já estão planejando missões de observação e "escolta".

Uma delas é a missão Ramses, da Agência Espacial Europeia (AEE), que estudará as mudanças na estrutura, órbita e superfície do asteroide causadas pela gravidade da Terra. "Esta missão, que faz parte do programa de defesa planetária da AEE, fornecerá dados importantes que podem ajudar a proteger nosso planeta de objetos espaciais potencialmente perigosos no futuro", explicou a Astronika em um comunicado à imprensa.

A sonda, chamada Missão Rápida Apophis para Segurança Espacial (Ramses), tem lançamento previsto para o início de 2028, caso queira chegar ao asteroide Apophis a tempo. A nave líder da missão Ramses será uma versão modificada da sonda HERA.

A Astronika anunciou que fornecerá algumas das menores antenas de radar do mundo. Elas serão usadas em unidades menores que acompanham a nave principal ou as naves filhas. Essas antenas em miniatura, mas extremamente precisas, permitirão observações importantes durante o sobrevoo do Apophis.

A Astronika já forneceu mecanismos avançados para a missão JUICE (exploração das luas de Júpiter) e HERA, também realizada como parte do programa de defesa planetária da ESA.

Os primeiros relatos sobre o Apophis indicavam que, durante um sobrevoo próximo em 2029, havia um pequeno risco de que a gravidade da Terra empurrasse o asteroide para uma órbita perigosa, o que poderia levar a uma futura colisão com o nosso planeta. No entanto, graças às observações de radar mais recentes, sabe-se agora que a trajetória do Apophis foi determinada com tanta precisão que nem mesmo a influência gravitacional da Terra representará uma ameaça – um possível impacto em 2068 ou posteriormente foi completamente descartado.

Katarzyna Czechowicz (PAP)

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