Maria Grazia Chiuri retorna à Fendi como diretora de criação

Maria Grazia Chiuri foi nomeada a nova diretora criativa da Fendi , sucedendo Kim Jones , que deixou o cargo em outubro passado. Silvia Venturini Fendi , que atuava como diretora artística de moda feminina, masculina e acessórios, assumiu oficialmente a presidência da grife em setembro. A primeira coleção de Chiuri em sua nova função será revelada em Milão, durante a temporada de outono/inverno de 2026, em fevereiro.

Chiuri tem uma longa história com a Fendi. A designer nascida em Roma estudou no Istituto Europeo di Design, da cidade, e começou sua carreira na grife em 1989 como designer de acessórios. Durante sua estadia lá, ela e seu parceiro criativo, Pierpaolo Piccioli, trabalharam em itens de sucesso, incluindo a icônica bolsa Baguette . A dupla migrou para a Valentino uma década depois, escolhida a dedo pelo próprio Valentino Garavani para criar acessórios. Em 2008, tornaram-se codiretores criativos da Valentino e mais uma vez se tornaram conhecidos por criar acessórios indispensáveis, notadamente a coleção Rockstud.

“Retorno à Fendi com honra e alegria, tendo tido o privilégio de iniciar minha carreira sob a orientação das fundadoras da Maison, as cinco irmãs”, disse Chiuri em um comunicado. “A Fendi sempre foi uma fonte de talentos e um ponto de partida para muitos criativos da indústria, graças à extraordinária capacidade dessas cinco mulheres de fomentar e nutrir gerações de visão e talento.”

Em 2016, Chiuri foi nomeada diretora criativa da Dior, tornando-se a primeira mulher a ocupar o cargo. Ela incorporou temas feministas em suas coleções — trabalhando com intelectuais notáveis ​​como Robin Morgan e Chimamanda Ngozi Adichie — e colaborou com uma série de artistas femininas, incluindo Nikki de Saint Phalle, Mickalene Thomas , Graciela Iturbide e Judy Chicago.

Chiuri nos bastidores com modelos durante a semana de alta-costura.

Em uma entrevista de 2020 para a ELLE, ela disse à escritora Alexis Okeowo que, quando criança, "todos pensavam que moda era um trabalho doméstico. Não a reconheciam como um trabalho cultural e artístico". Durante seu tempo na Dior, ela buscou mudar essa percepção, destacando a arte de artesãos como o Atelier Chanakya em Mumbai , um parceiro criativo de longa data, bem como artesãos da Ucrânia à Costa do Marfim.

“Estou muito feliz em receber Maria Grazia na equipe”, acrescentou o presidente e CEO Ramon Ros no comunicado. “O papel de um diretor criativo não é mais simplesmente criar roupas bonitas, mas sim curar uma cultura e ser um espelho do mundo em que vivemos.” Agora, com os recursos de uma casa centenária por trás dela, o mundo será sua tela.

Reportagem adicional de Tasha Nicole Smith e Alexandra Hildreth.