Prêmio Strega 2025, na seção Não Ficção, ganha obra da editora apuliana Laterza

Sexta-feira, 04 de julho de 2025, 01:02
A edição de 2025 do Prêmio Strega terminou com a vitória do superfavorito Andrea Bajani, mas a Puglia entrou no cobiçado evento literário com duas de "suas" editoras.
Bajani trouxe seu romance “L'anniversario”, já vencedor do Prêmio Giovani e por isso na pole position para receber a cobiçada garrafa de Liquore Strega. Em segundo lugar Elisabetta Rasy com Perduto è questo mare (Rizzoli), 133 votos e em terceiro Nadia Terranova com Quello che so di te (Guanda), 117 votos. Quarto Paolo Nori com Chiudo la porta e urlo (Mondadori), 103 votos e quinto Michele Ruol com Inventario di quel che resta dopo che la floresta brucia (TerraRossa), 99 votos. O total de votos expressos é de 646, o que equivale a 92% dos que têm direito a voto. A assembleia de voto é presidida por Donatella Di Pietrantonio, vencedora da edição de 2024.
Mas este ano o Prémio Strega cheira a Puglia por dois motivos: entre os cinco livros finalistas presentes na noite do Ninfeo da Villa Giulia em Roma, apresentado por Pino Strabioli, está o surpreendente e estreante Michele Ruol apresentou "Inventário do que resta depois da floresta", publicado pela editora TerraRossa, de Bari. Um livro que percorre, com o estilo sóbrio e a precisão cirúrgica de Ruol, que em vida é anestesista, a dor indizível da perda não de um, mas de dois filhos e da capacidade, se é que existe, de sobreviver a essa laceração da alma.
A segunda razão pela qual a Puglia é uma forte candidata ao Prêmio Strega de 2025 é a vitória na Seção de Não Ficção de Il dottrina della democrazia, escrito pela historiadora e ensaísta Anna Foa, uma das vozes mais influentes da cultura italiana, e também publicado por uma editora de Bari, a Laterza Edizioni. Um panfleto apaixonado, mas rigoroso, que não tem medo de abordar as contradições internas de um país marcado por tensões políticas, crises institucionais e crescente radicalização, mas também por uma história de extraordinária complexidade. O Prêmio Strega de Não Ficção também está em sua primeira edição: nasceu com o objetivo de promover a leitura como ferramenta de informação e estímulo à reflexão, incentivando os leitores a decifrar a complexidade do mundo contemporâneo.
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