O Nome da Rosa. Uma leitura sempre atual.

Giannangeli
O Irmão Guilherme de Baskerville, como o cão que Sherlock Holmes encontrou, e o noviço Adso de Melk, também noviço como o Dr. Watson, atravessam desfiladeiros e montanhas não para uma viagem, mas para chegar aos pés da abadia beneditina, lar de uma biblioteca que é o orgulho do cristianismo medieval. Estão lá, um para aprender com seu Mestre, e o Mestre Franciscano, um inquisidor em uma época distante e não lamentada, para apoiar seus seguidores em uma disputa teológica com o terrível Bernard Gui. Jamais imaginariam que o segundo livro da Poética de Aristóteles, aquele dedicado à comédia depois do primeiro, que até hoje permanece a referência da tragédia grega — um livro que na verdade não existe (ou existe?) — deixaria para trás um rastro de irmãos assassinados nas circunstâncias mais fantásticas. Claro que você reconheceu: é "O Nome da Rosa", o primeiro romance de Umberto Eco, que, sob a aparência de um thriller, esconde um ensaio, um tratado filosófico, um compêndio teológico e um resumo de muito mais. E sim, é também uma leitura esplêndida e perene para o verão, 45 anos após sua publicação.
İl Resto Del Carlino