México atrai artistas e galeristas franceses

Uma Cidade do México agitada. Uma Cidade do México subterrânea. Cidade do México, a capital das possibilidades. Há trinta anos, artistas e profissionais do mundo todo se reúnem aqui, seguindo o exemplo do belga Francis Alÿs e da artista britânica Melanie Smith, todos fascinados por sua beleza e feiura, seus museus e casas de jogos. O curador francês Michel Blancsubé, que se estabeleceu lá em 2001, não esconde a violência endêmica que assola o país. Em maio, o secretário do prefeito da capital e um vereador foram assassinados na rua.
"Todos os males da Terra estão reunidos aqui ", reconhece a especialista em Artaud. "Mas há mais espaço para pensar." Mais espaço, ponto final. "Os artistas encontram aqui linhas de fuga, outras dinâmicas urbanas, outros processos criativos, outros materiais", enumera Tatiana Cuevas Guevara, diretora do Museu Universitário de Arte Contemporânea (MUAC) da cidade.
Kader Attia , que acaba de expor lá, visitou a Cidade do México pela primeira vez no início da década de 1990. "Foi uma revelação ", diz ele. "Encontrei tanto coisas que esperava, que eram muito mais impressionantes na realidade, quanto outras que eu não suspeitava, da riqueza culinária à riqueza artística." Desde então, o falante de espanhol nunca perdeu a oportunidade de retornar, fascinado por "uma sociedade tranquila onde, de repente, tudo pode mudar. A vida é vivida a 100 quilômetros por hora".
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Le Monde