"Um Bom Dia para Morrer", de Laurent Graff: Duas balas ou nada

Crítica: Convencido da iminência da guerra, um ex-soldado se torna obcecado pela própria morte. Um romance de humor negro. ★★★☆☆
O escritor Laurent Graff, em 2007. ULF ANDERSEN/AURIMAGES VIA AFP
"Estou esperando ser baleado. Não sei de onde virá, qual gatilho puxará, nem quando." Jacques, o narrador, um ex-soldado cuja vida solitária consiste em pescar, jogar dados e um emprego aleatório como lojista, é obcecado pela ideia da própria morte. Em seu delírio, ele cria vários cenários fúnebres, às vezes acompanhado por Aurélia, que aparece e desaparece à vontade como um fantasma, e por um inspetor que se parece com Colombo. Convencido de que a guerra está próxima, ele acolhe Rodrigo, um desertor, em sua casa. Um dia, empoleirado em uma torre de vigia, Jacques o tem na mira de seu rifle e... Fim da Parte Um. Na segunda parte deste romance de humor negro, em que Laurent Graff conduz o leitor de forma lúdica ao absurdo e à inquietação, descobriremos quem foi Jacques e o que o levou a cometer um ato irreparável.
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