“Lotus”: Little Simz, o mais resiliente dos rappers atormentados
Aclamada pela crítica como a maior rapper britânica da década, a artista londrina Little Simz consolidou seu status como maestrina do gênero com seu sexto álbum, "Lotus", lançado em 6 de junho. Embora aborde temas complexos como traição, ressentimento e perda de autoestima, também reflete sua força: resiliência e transparência inabaláveis.
“Desde pequena, Simbiatu Ajikawo odeia a hipocrisia.” Assim escreveu a revista americana Rolling Stone : apresenta sua análise de Lotus, o sexto álbum do rapper londrino Little Simz, lançado em 6 de junho.
Sua discografia aclamada pela crítica está repleta de comentários mordazes denunciando 'cobras'. Já aos 11 anos, ela dizia 'Sou a Little Simz e faço sucessos / Não gosto de mentirosos e odeio hipócritas' quando sua irmã mais velha a levou para fazer rap na Rádio 1 Xtra da BBC. No entanto, desde então, a artista tem enfrentado frequentemente traições, ou pelo menos ingratidão.
Após uma trilogia impecável de Grey Area (2019), Sometimes I Might Be Introvert (2021) e No Thank You (2022), Simz se tornou sinônimo de hip-hop refinado e reflexivo, garante a revista. Mas ela também se tornou um símbolo, o de uma mulher que enfrenta uma infinidade de desafios ao longo da vida e que, a cada vez, renasce mais forte.
“ Lotus […] chega após um dos períodos mais tumultuados de sua vida”, afirma o The Independent . Primeiro, sua relação bastante conturbada com o pai, uma figura ora adorada, ora odiada, mas acima de tudo ausente. Um tema que ela explorou no álbum Sometimes I Might Be Introvert (2021), notadamente com a faixa I Love You, I Hate You.
Depois, a separação do seu empresário de longa data, naquele mesmo ano, o cancelamento de uma digressão pelos EUA em 2022 devido a restrições financeiras, mas também, implicitamente, as dificuldades de navegar numa indústria musical dominada por homens (brancos), incluindo
Courrier International
