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Centenas perdem voos no aeroporto de Madri devido ao caos no controle de passaportes

Centenas perdem voos no aeroporto de Madri devido ao caos no controle de passaportes

Um aumento nas chegadas, combinado com um baixo número de funcionários e uma falha de computador, fez com que centenas de viajantes internacionais perdessem seus voos na quarta-feira devido a enormes atrasos no controle de passaportes no aeroporto de Barajas, em Madri.

Atrasos no controle de passaportes no aeroporto mais movimentado da Espanha na quarta-feira causaram caos nas viagens e centenas de passageiros perderam seus voos, mesmo com suas bagagens embarcadas nos aviões.

Os atrasos, que resultaram em uma suposta escassez de policiais nas áreas de controle de passaportes e uma falha técnica, desencadearam uma troca de acusações entre os Ministérios do Transporte e do Interior da Espanha.

O dia se transformou em um pesadelo para os viajantes que saíram da Espanha do Terminal 4 de Barajas na quarta-feira, com atrasos de horas e centenas de passageiros perdendo conexões internacionais.

As filas no controle de passaportes, que é de responsabilidade do Ministério do Interior e da polícia da Espanha, aumentaram entre 11h e 14h após a chegada de vários voos de uma só vez.

O jornal espanhol El País relata que fontes do Ministério do Interior afirmam que havia dois policiais verificando passaportes em cada uma das 16 cabines, como de costume. No entanto, outras fontes familiarizadas com a situação afirmam que apenas metade estava ocupada quando a multidão começou a se formar e as longas filas logo se formaram.

Os atrasos crescentes foram agravados por falhas técnicas devido a um erro de computador, tornando ainda mais lentos os processos na fronteira.

“Trata-se de uma situação temporária causada pela acumulação de voos num período de tempo muito curto e que coincide com um problema informático específico, agora resolvido, no acesso às aplicações utilizadas pela polícia nacional”, indicaram fontes do Ministério.

Na tentativa de evitar possíveis problemas de segurança, funcionários da Aena, operadora da rede nacional de aeroportos da Espanha, começaram a regular o acesso ao trem que conecta o T4 ao T4S. A operadora indicou que os passageiros com destino à Espanha ou ao restante da UE não foram afetados por esses problemas.

O caos também atrasou a passagem pelo controle de bagagem, o que atrasou ainda mais muitos viajantes internacionais.

No entanto, como resultado dos atrasos, dois ministérios do governo começaram a jogar a culpa uns nos outros.

O Ministério dos Transportes divulgou uma versão diferente dos acontecimentos em relação ao Ministério do Interior, distanciando-se das imagens de longas filas de centenas de passageiros presos no controle de passaportes e apontando o dedo para a polícia e o Ministério do Interior.

“O incidente não tem nada a ver com este Ministério ou com a Aena. Não há caos na gestão do aeroporto”, afirmou um comunicado. “A situação que surgiu deve-se única e exclusivamente a um problema de natureza policial na gestão da chegada de passageiros com controle de passaportes, que é de responsabilidade do Ministério do Interior.”

No entanto, representantes do sindicato da polícia defenderam seus colegas. "É impossível controlar 20 voos com 500 passageiros por voo no espaço de uma hora. É fisicamente impossível, não dá para vender [essas passagens] como algumas das empresas que operam com a Aena estão fazendo neste caso", disse um porta-voz do sindicato, aparentemente sugerindo overbooking por parte de algumas companhias aéreas.

O Sindicato da Polícia Federal (UFP) afirmou que o caos nas viagens não se deveu à falta de funcionários, mas sim ao número de voos programados para chegar em um horário de pico em um dia tão importante da temporada de verão, de acordo com seu porta-voz, Carlos Quero.

Em uma publicação nas redes sociais mostrando a extensão das filas na quarta-feira, a Confederação Espanhola de Polícia (CEP) afirmou que seus agentes fizeram um “excelente trabalho”, mas acrescentou que “a necessidade de aumentar o número de policiais neste local é clara”.

A postagem também incluía a hashtag #MarlaskaDimite, pedindo a renúncia do Ministro do Interior, Fernando Grande-Marlaska.

✈️ Colas no T4S de #Barajas e milhas de pessoas afetadas. Los companheiros, de diez 🔝. Mas a necessidade de potencializar com muito mais políticas esse destino está à vista. Mal el puesto fronterizo y mal la Jefatura Superior. Aqui denunciamos o que outros Callan. #MarlaskaDimite pic.twitter.com/G4OSt3Avv0

– CEP (@cep_cepolicia) 2 de julho de 2025

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