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Caso de assédio sexual na escola secundária de Pijijiapan acrescenta outra queixa contra dois professores

Caso de assédio sexual na escola secundária de Pijijiapan acrescenta outra queixa contra dois professores

Caso de assédio sexual na escola secundária de Pijijiapan acrescenta outra queixa contra dois professores
Escola Secundária Felipe Carrillo Puerto em Pijijiapan, Chiapas. Foto: Especial

TUXTLA GUTIÉRREZ, Chis., (apro) - O caso de assédio sexual relatado por uma jovem aluna da escola secundária "Felipe Carrillo Puerto", em Pijijiapan, durante sua cerimônia de formatura, teve repercussão significativa nos últimos dias. A Secretaria Estadual de Educação anunciou uma nova denúncia contra dois professores da mesma escola, enquanto o diretor da escola renunciou na sexta-feira.

A denúncia pública do aluno, que rapidamente viralizou nas redes sociais, levou à prisão de um professor, identificado como José Heriberto "M", que foi temporariamente afastado do cargo de professor.

A prisão ocorreu em Tapachula, e o réu foi transferido para o presídio de Tonalá para ser levado ao tribunal correspondente, enfrentando acusações formais de assédio e assédio sexual. Segundo as autoridades, o professor estava tentando fugir para a Guatemala.

A Secretaria de Educação do governo de Chiapas anunciou que o diretor da escola, Ariel Mendoza Palacios, que ocupou o cargo por vários anos, renunciou enquanto a Procuradoria Geral da República conduz uma investigação.

Ele disse que o departamento de assuntos jurídicos da Secretaria de Investigação está conduzindo uma investigação contra dois mentores, "para a integração e apoio a um novo procedimento, decorrente de uma denúncia anônima recebida na caixa de entrada da escola contra dois membros da mesma escola de ensino médio".

"Continuaremos com as investigações para esclarecer os fatos e, se for o caso, determinar as sanções administrativas cabíveis, conforme previsto em lei", afirmou a Secretaria Estadual de Educação.

O órgão anunciou que colaborará com o Ministério Público para investigar denúncias de assédio sexual contra professores, "para garantir acesso à justiça e proteção integral a toda a comunidade escolar".

O Ministério da Educação condenou o incidente e indicou que solicitou que a Procuradoria Geral da República amplie a investigação na escola secundária Felipe Carrillo Puerto para identificar outros casos de assédio sexual que não foram denunciados.

O órgão também informou que prestará todo o apoio necessário à comunidade educacional da escola afetada e às autoridades estaduais, garantindo a implementação dos protocolos institucionais de atendimento, proteção e punição, de acordo com a Declaração de Tolerância Zero ao Assédio Sexual e Bullying.

As reivindicações do aluno

Em seu discurso, a jovem denunciou não apenas o bullying, mas também a suposta cumplicidade e o silêncio institucional que prevalecem na escola há anos, ressaltando que "o melhor amigo de um agressor geralmente é outro agressor". A aluna lamentou não ter tido a oportunidade de se manifestar antes e pediu aos colegas que quebrassem o silêncio, pedissem apoio e não se calassem caso fossem vítimas de bullying.

Ele também pediu à administração da escola que crie mecanismos para tratar desses casos, como uma caixa de reclamações ou apoio psicológico.

O caso gerou indignação generalizada e trouxe à tona a questão do bullying, da responsabilidade institucional e da necessidade de canais confiáveis para denunciar e fornecer apoio às vítimas em instituições educacionais.

Grupos feministas como 50 mais 1 e a Agenda Feminista de Chiapas expressaram seu total apoio à estudante e destacaram a persistente violência de gênero em ambientes educacionais, bem como a necessidade urgente de ações concretas para erradicá-la.

Solicitaram à Procuradoria-Geral da República que conduzisse investigações com uma perspectiva centrada na criança e uma abordagem interseccional de direitos humanos. Exigiram que o Ministério da Educação acionasse protocolos para a prevenção, resposta e punição de assédio sexual e bullying, garantindo espaços seguros para meninas e adolescentes e assegurando seu efetivo cumprimento.

Instamos a Comissão Estadual de Direitos Humanos e a Comissão Executiva de Assistência às Vítimas a apoiar este caso, destacar os riscos e promover garantias de não repetição.

Familiares e companheiros da detida realizam passeatas, revitimizando a jovem.

No sábado, 19 de julho, familiares do professor detido realizaram uma passeata no município de Frontera Hidalgo, de onde ele é natural, para exigir sua libertação, pois acreditam que ele é inocente dos crimes dos quais é acusado.

No município de Suchiapa, as irmãs da professora detida, Gema e Lorena Moreno, acompanhadas por vizinhos e colegas professores, organizaram uma manifestação com faixas na qual afirmaram que a prisão da professora foi precipitada, resultado da cobertura da mídia, e pediram uma investigação completa e transparente.

Mais reclamações de estudantes

As autoridades confirmaram que a vítima declarou em sua denúncia pública que este não foi um incidente isolado. Vários colegas levantaram a mão após a ligação da denunciante, indicando que poderia haver mais vítimas.

Nas redes sociais, a ex-aluna Adriana Delgado denunciou: “Eu também vou me manifestar: a Escola Secundária Felipe Carrillo Puerto protege professores assediadores. Quero denunciar publicamente meu assediador, Ariel Mendoza Palacios, diretor da escola.”

A ex-aluna alegou em sua conta no Facebook que, em sua posição como diretor, Mendoza Palacios a abusou, reprovando-a. "Ele se aproveitou do fato de eu ser professora e aluna para me reprovar sem motivo. Ele me disse que havia outras maneiras de me impedir e se ofereceu para me levar para casa. Tudo isso aconteceu dentro da instituição. Eu tinha apenas 16 anos. Por medo, não levantei a questão mais a fundo."

Adriana Delgado acrescentou que outro professor, Humberto González Alfaro, pediu que ela permanecesse em silêncio "para não prejudicar a imagem da escola. Fiquei muito surpresa ao saber que meu assediador havia passado de professor a diretor".

"Ele protegia professores agressores dentro da instituição. Agora que tenho uma mentalidade diferente, percebo que nunca precisei ter medo. Hoje, eu falo abertamente para que amanhã eu não seja sua filha, sua irmã, sua companheira ou sua mãe", escreveu a ex-aluna.

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