Austrália cancela visto de Kanye West por promover o nazismo com sua música 'Heil Hitler': 'Não precisamos disso'

A música "Heil Hitler" está no novo álbum de West, "WW3". Foto: Efe / iStock
O governo australiano revogou o visto do rapper americano Kanye West, conhecido profissionalmente como Ye, após o lançamento da música "Heil Hitler" em maio, que posteriormente foi removida de algumas plataformas de streaming, como o Spotify.
A decisão foi confirmada pelo Secretário do Interior, Tony Burke, em declarações à emissora pública ABC TV, conforme relatado pelo canal local SBC News.
“As autoridades analisaram a lei e disseram: 'Se vocês vão ter uma música e promover esse tipo de nazismo, não precisamos disso na Austrália'”, disse Burke.
LEIA TAMBÉM

O ministro observou que West tem parentes no país e já viajou para a Austrália em diversas ocasiões. No entanto, enfatizou que, "por causa de seus muitos comentários ofensivos", foi tomada a decisão de cancelar sua autorização de entrada. "Ele não tem mais um visto válido", afirmou.
Burke defendeu a medida, observando que "importar ódio não é sustentável. Já temos problemas suficientes neste país sem importar intolerância deliberadamente".
A cantora tem família na Austrália e já visitou o país diversas vezes. Foto: AFP
"Heil Hitler" está presente no álbum mais recente do artista, WW3. O vídeo da música apresenta um grupo de homens afro-americanos entoando a saudação nazista, e a letra menciona o ditador alemão Adolf Hitler e o presidente americano Donald Trump. Ao mesmo tempo, West lançou camisetas com tema de suástica em sua loja online Yeezy, uma iniciativa que intensificou a polêmica.
LEIA TAMBÉM

Recentemente, West espalhou mensagens antissemitas na plataforma de mídia social X, onde chegou a declarar abertamente sua admiração por Hitler. Essas declarações contribuíram para a avaliação negativa de sua presença na Austrália.
Com seu visto revogado, West não poderá entrar no país até novo aviso, a menos que solicite e obtenha uma permissão especial.
Kanye West espalhou algumas mensagens antissemitas na rede social X. Foto: iStock
Em fevereiro, após uma aparição polêmica no recente Grammy Awards, o rapper enfrentou sérias acusações legais.
De acordo com o TMZ, West foi processado em um tribunal de Los Angeles por um ex-funcionário sob acusações de antissemitismo e práticas trabalhistas inadequadas.
A autora, identificada nos documentos judiciais como Jane Doe, acusou West de "aterrorizá-la" com comentários antissemitas durante o período em que ela trabalhou para ele.
Kanye West e sua esposa no Grammy Awards. Foto: AFP
Jane Doe relatou que o rapper a assediava frequentemente com declarações ofensivas relacionadas à sua religião e acabou demitindo-a injustamente após ela expressar insatisfação com o ambiente de trabalho.
Os documentos obtidos especificavam que West enviou mensagens alarmantes à autora. Entre elas, comentários como: "Bem-vindo ao primeiro dia de Hitler no cargo", "Salve Hitler" e "Sou nazista". Essas palavras faziam parte de uma série de insultos e ofensas que Jane Doe teve que suportar.
A situação se agravou em conversas em grupo onde, segundo a autora, West a agrediu verbalmente, assim como a outros funcionários, usando frases depreciativas como "Chega de papo furado" e "Dá o fora daqui". Em certa ocasião, ele a acusou de ser uma "sociopata sem coração" e a chamou de "vadia".
Após levar suas reclamações aos superiores na empresa, Jane Doe foi demitida no dia seguinte sem explicação. Ela está atualmente buscando indenização, embora o valor exato não tenha sido divulgado.
Este processo se soma a outras acusações de antissemitismo que o artista já enfrentou no passado. Em novembro de 2024, outro ex-funcionário entrou com um processo semelhante, acusando West de promover símbolos nazistas e fazer comentários depreciativos sobre a comunidade judaica.
Europa Press e El Universal (GDA)
*Este conteúdo foi criado com o auxílio de inteligência artificial, com base em informações publicadas pela Europa Press e revisado pelo jornalista e um editor.
Acompanhe todas as novidades da Cultura no Facebook e no X , ou na nossa newsletter semanal .
eltiempo