A cor de motocicleta mais popular do mercado e seu significado

A cor de uma motocicleta diz muito sobre o motociclista, segundo especialistas.
Imagem ChatGPT
No mundo das motocicletas, cada escolha revela algo sobre o motociclista, seja a marca, o modelo, o som do motor e, claro, a cor. Além da estética, as cores escolhidas comunicam personalidade, cultura, aspirações e até mesmo preocupações com a segurança.
Enquanto alguns buscam atenção e outros preferem permanecer discretos, entre todas as opções possíveis, há uma cor que, década após década, permanece a favorita indiscutível. Seja por moda, tradição ou declaração de poder, seu trono permanece inalterado, e a resposta está nas ruas.
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Análises de mercado recentes concordam que, na vasta paleta de cores do mundo das motocicletas, nenhuma cor se consolidou tão consistentemente quanto o preto. Seja nas rodovias americanas, nas ruas urbanas da Colômbia ou nos catálogos das marcas mais icônicas, o preto mantém seu lugar como a cor mais popular e desejada entre os motociclistas.
Uma razão além do saborAo examinar o tema subjacente a essa escolha, que se repete em modelos, culturas e gerações, pode-se dizer que a resposta combina estética, identidade e uma boa dose de herança cultural. No mercado americano, o preto não só lidera as vendas, como também define o caráter de modelos lendários como a Harley-Davidson.

A cor de uma motocicleta diz muito sobre o motociclista, segundo especialistas.
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É uma cor associada à atemporalidade, à sobriedade e a uma sofisticação que transcende modismos. Segundo a Velok, os motociclistas a escolhem por sua capacidade de projetar elegância, força e uma conexão com a tradição clássica do motociclismo.
Enquanto isso, a Mapfre destaca que, mesmo na percepção popular, certas motocicletas já "vêm com uma cor incrustada na mente do consumidor". Por exemplo, quando se fala em uma Harley, a primeira coisa que vem à mente é preto. O cinema, a televisão e a cultura visual reforçam essa associação há décadas, e hoje ela continua a definir o imaginário de milhares de usuários.
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No entanto, a escolha do preto vai além do aspecto visual. Em um contexto em que a segurança no trânsito ganha espaço no debate público, a cor preta tem um ponto fraco: sua baixa visibilidade. Estudos citados pela Mapfre indicam que motocicletas pretas estão envolvidas em um número maior de acidentes noturnos, justamente por serem menos detectáveis em condições de pouca luz.
“Apesar disso, o apelo do preto continua a superar esses avisos para a grande maioria dos compradores, que buscam sofisticação, robustez, elegância e um produto que os ajude a se destacar no mercado”, observaram.

A cor de uma motocicleta diz muito sobre o motociclista, segundo especialistas.
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O reinado do preto também coexiste com outros tons que vêm ganhando espaço. O branco, por exemplo, é o segundo mais popular em países como os Estados Unidos, por ser associado à limpeza, ao minimalismo e à praticidade, principalmente por disfarçar melhor arranhões e pequenos danos.
Em seguida vem o prata, uma cor apreciada por seu brilho metálico, sua neutralidade e sua capacidade de se destacar na estrada sem ser chamativa, e mais abaixo na lista estão cores brilhantes como amarelo, laranja e vermelho.
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Embora ainda sejam uma minoria, eles têm uma vantagem que os torna atraentes para pessoas mais preocupadas com a segurança : sua alta visibilidade. O amarelo, por exemplo, é reconhecido como a cor mais visível em condições de pouca luz e se tornou comum em scooters, motocicletas elétricas e modelos de trilha. O mesmo vale para o laranja, promovido por marcas como a KTM, e o vermelho, a cor principal da Ducati e um símbolo clássico de velocidade e potência”, explicou Mapfre.
As marcas, de fato, têm sido fundamentais na consolidação de certas associações de cores. A Kawasaki fez do verde sua assinatura desde 1968; a Yamaha é identificada com o azul; a Suzuki com o amarelo; e a Ducati com o vermelho. Essas cores não apenas distinguem as motocicletas esteticamente, mas também inspiram lealdade, comunidade e um senso de pertencimento entre seus usuários.

A cor de uma motocicleta diz muito sobre o motociclista, segundo especialistas.
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Enquanto isso, na Colômbia, a cor não tem sido o principal critério de compra e, embora as preferências estejam começando a refletir as tendências globais, esse mercado se destaca porque as motocicletas desempenham um papel social e econômico crucial, especialmente entre as camadas mais baixas. Fatores como preço, disponibilidade e uso funcional pesam mais na decisão. Mesmo assim, o preto continua a dominar, tanto em modelos utilitários quanto em motocicletas de alto padrão; enquanto em um mercado onde tradição, tecnologia e estilo de vida convergem, a cor continua sendo muito mais do que uma escolha estética, e o preto, com todo o seu peso simbólico e contradições, continua sendo a cor que domina o mundo das duas rodas. Um símbolo de poder, individualidade e uma paixão que nunca se apaga com o tempo. DANIEL HERNÁNDEZ NARANJO
Jornalista de Portfólio
Portafolio