Selecione o idioma

Portuguese

Down Icon

Selecione o país

Spain

Down Icon

'Too Much' fala sobre as reviravoltas da vida com humor

'Too Much' fala sobre as reviravoltas da vida com humor
Lena Dunham retorna com Too Much, uma comédia da Netflix que mistura amor, ansiedade e choques culturais com uma sensibilidade tão engraçada quanto tocante. A série é estrelada por Megan Stalter como Jessica, uma americana emocionalmente carregada que se muda para Londres após um término, e Will Sharpe como Felix, um britânico reservado, um tanto frio e de poucas palavras.
Criada, escrita e dirigida pela própria Dunham (famosa por ser a criadora da série Girls), Too Much é vagamente inspirada em sua vida pessoal, especificamente sua mudança para Londres e seu relacionamento com o músico britânico Luis Felber.
“Desde o início, sabíamos que Jessica e Felix tinham que ser personagens com vidas próprias”, explicou Sharpe em uma coletiva de imprensa com a presença do EL TIEMPO, à qual Stalter acrescentou: “Criar Jessica foi como inventar um anjo com partes de Lena e partes de mim”.
Essa fusão resulta em um casal protagonista tão desigual quanto charmoso. Jessica é espontânea, intensa e, às vezes, caótica; enquanto Felix, por outro lado, é contido, tímido e muito, muito britânico. Mesmo assim, a química entre os dois é palpável. O desenvolvimento desse relacionamento na tela foi paralelo ao vínculo que os dois atores construíram fora dela. "Não forçamos nada no começo", lembrou Sharpe. "À medida que nossos personagens se conheceram, também nos tornamos companheiros." Lena Dunham, que frequentemente tirava fotos das filmagens com o celular para revisar detalhes, notou como esse vínculo cresceu. "No início, os dois pareciam sentados, mais sérios. Depois, em cada quadro, pareciam mais relaxados, rindo, se divertindo. Foi lindo de assistir", explicou a atriz e diretora nova-iorquina de 39 anos.
Embora Dunham seja conhecida por sua escrita meticulosa, ela também deixou espaço para improvisação. "O roteiro é apenas o ponto de partida", explicou. "Algumas das minhas cenas favoritas não saíram do meu teclado."
A série explora habilmente o contraste cultural entre americanos e britânicos. De cafés da manhã com feijão a maneiras de comunicar emoções, Too Much explora essas diferenças com humor e ternura. "Megan ficou muito surpresa ao ver que eles comiam feijão no café da manhã", disse Dunham.
"Acho que ele gostava, mas não o suficiente para fazê-los em casa." Sharpe, por sua vez, estava cercado por duas americanas intensas. "Não foi uma luta justa", brincou Dunham.
"Mas Will suportou com aquela sua força silenciosa." Ele, em seu estilo reservado, acrescentou: "Felix guarda as coisas para si. Isso não o torna menos profundo. Ele só precisa de mais tempo para se expressar."
Cada episódio conta com participações especiais de celebridades como Naomi Watts, Richard E. Grant, Jinkx Monsoon, Stephen Fry e a atriz francesa Adèle Exarchopoulos. "A cada semana, conhecíamos uma nova lenda", disse Sharpe. "Eu nunca tinha visto Adèle em uma comédia em inglês, e ela estava brilhante."
Mas Too Much não é só humor; aborda temas delicados como ansiedade, laços familiares sufocantes e o direito de escolha. A série transita naturalmente entre o drama e a comédia, sem cair em clichês. "Isso também não acontece nesta série. Às vezes, tudo se mistura: o engraçado, o triste, o absurdo."
Essa combinação é o que a torna autêntica. "É uma série sobre crescer quando você pensava que já era adulto, sobre aprender a amar quando você achava que já sabia. E sobre como é complicado, mas belo, se deixar afetar pelo outro", disse Sharpe.
“Escrever é a minha maneira de entender o mundo”, disse Dunham, respondendo à sua percepção sobre como a sociedade está se movendo globalmente hoje. “E me permite conectar-me com outras pessoas. Nem sempre foi fácil para mim fazer isso na vida real, mas, por meio disso, consegui”, acrescentou a criadora.
Too Much é insano e devastador, sarcástico e sincero. Sua trama tem camadas. "A vida não tem um gênero narrativo. Então a série também não deveria ter um", conclui Dunham.
eltiempo

eltiempo

Notícias semelhantes

Todas as notícias
Animated ArrowAnimated ArrowAnimated Arrow