Foi assim que aconteceu o primeiro lançamento simultâneo da Apple na Colômbia e nos Estados Unidos.

“Trabalhamos com a Apple há quase 12 anos, construindo confiança e demonstrando que a Colômbia é um mercado estratégico. Crescemos dois dígitos ano após ano; no ano passado, aumentamos nossas pré-vendas em 40% . Tudo isso deu à Apple a certeza de que nosso país merecia estar na mesma data de lançamento que os Estados Unidos”, explica Jorge Rubio, CCO do Mac Center, ao relembrar o caminho que levou a Colômbia a entrar na chamada “Onda 1” da gigante da tecnologia.
Até este ano, novos iPhones e outros dispositivos chegavam às lojas colombianas semanas após sua estreia na América do Norte. Esse atraso virou história com o lançamento da série iPhone 17 , do novo iPhone Air, do Apple Watch Series 11 e dos AirPods Pro 3 , todos disponíveis na Colômbia desde 19 de setembro, mesmo dia em que foram lançados em Nova York ou Los Angeles.
Um ecossistema que abriu as portas Por trás desse salto não está apenas a confiança da Apple, mas também a criação de um ecossistema financeiro que permitiu que milhares de colombianos tivessem acesso a dispositivos premium.
Rubio resume assim: “Todos sabemos que os preços desses produtos são altos. O que fizemos foi construir um modelo de acesso real: acordos com seis bancos e diversas fintechs que oferecem planos de até 24 meses com juros zero. Isso abriu as portas para muitas pessoas que antes viam o iPhone como algo distante.”
Graças a essa fórmula, a Mac Center consolidou sua posição como Apple Premium Partner no país, com mais de 40 lojas e um canal digital que agora representa 12% de suas vendas, ainda mais do que sua maior loja física. "As vendas online estão crescendo rapidamente — site próprio, Rappi, parceiros —, mas as pessoas ainda querem entrar, tocar no dispositivo, experimentar a câmera. As lojas físicas continuam sendo essenciais", acrescenta Rubio.
Aposte cegamente e ganhe O caminho não foi isento de riscos. Em julho, dois meses antes do anúncio oficial da Apple, a Mac Center teve que fazer um lance às cegas por 10.000 unidades do novo iPhone , sem sequer saber quais modelos seriam lançados. A alocação inicial era entre 3.000 e 4.000 unidades... que se esgotaram na pré-venda.
“Eles nos enviaram cerca de 30% do que pedimos, e tudo esgotou antes do lançamento. Agora estamos pressionando por mais unidades. Já recebemos outra leva, e outra significativa está chegando esta semana”, diz Rubio.
Entre os modelos mais procurados estão o iPhone Pro na cor laranja cósmica e o iPhone Air na cor azul celeste , ambos esgotados em questão de horas.
A estreia do iPhone Air A estrela inesperada da temporada é o iPhone Air, uma nova linha lançada este ano. Com corpo de titânio, apenas 5,6 milímetros de espessura e câmera de 48 megapixels , ele chega como uma alternativa intermediária entre o modelo básico e o Pro.
"No início, não sabíamos como posicioná-lo, mas ficou claro para nós que ele era voltado para um nicho jovem e profissional: jovens executivos que buscam um design elegante e potente, mas não necessariamente um aparelho versátil como o Pro Max. Para nós, o Air é o anúncio mais importante do ano", diz Rubio.
O detalhe mais simbólico é que este é o primeiro iPhone na Colômbia sem bandeja física para SIM, operando apenas com um eSIM, uma mudança que antecipa os rumos futuros da marca.
Saúde e tradução: os outros anúncios O lançamento simultâneo também trouxe ao país o Apple Watch Series 11, que estreia notificações de hipertensão, pontuação de sono mais detalhada e até 24 horas de duração da bateria.
Junto com ele, vieram os AirPods Pro 3, que mantêm o design da geração anterior, mas incorporam tradução ao vivo, novos recursos de saúde auditiva e um sensor para medir a frequência cardíaca durante os treinos.
Segundo Rubio, "Esses fones de ouvido não são mais apenas para música: a Apple está começando a transformá-los em dispositivos de saúde e produtividade. E isso os torna muito atraentes em um mercado como o nosso."
Um marco para o mercado colombiano O "primeiro dia" compartilhado com os Estados Unidos não é apenas uma conquista logística: significa fechar a lacuna tecnológica e impedir que milhares de colombianos recorram a importações informais para ter acesso imediato ao produto. Para a Mac Center, é também um sinal de maturidade: "Conquistamos isso com números, com trabalho e com a confiança dos usuários", conclui Rubio.
Com as pré-encomendas esgotadas, novas alocações a caminho e um ecossistema de pagamentos que sustenta a demanda, a Colômbia não apenas alcançou os Estados Unidos: ela subiu à vanguarda do cenário global da Apple.
eltiempo