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Ásia lidera a revolução da IA ​​nas fábricas do futuro

Ásia lidera a revolução da IA ​​nas fábricas do futuro

Uma nova revolução industrial está em andamento na Ásia. China e Coreia do Sul estão implementando inteligência artificial na indústria em uma escala sem precedentes, com "fábricas escuras" totalmente automatizadas e robôs redefinindo a produção global.

O Leste Asiático, liderado pela China e pela Coreia do Sul, tornou-se o epicentro de uma transformação radical no setor manufatureiro global: a adoção em massa da Inteligência Artificial (IA). Esse compromisso tecnológico não busca apenas otimizar a produção, mas também responde a importantes imperativos estratégicos, desde a competição geopolítica até a urgência de superar crises demográficas.

A China, já consolidada como a "fábrica do mundo", está determinada a manter sua hegemonia industrial por meio de uma implementação agressiva da IA. O objetivo é claro: fazer a transição de "Made in China" para "Smartly Made in China" (中国智造).

* Fábricas Obscuras e Produção Recorde: Um excelente exemplo é a gigante da tecnologia Xiaomi, que opera "fábricas obscuras" (暗黑工厂) totalmente automatizadas, utilizando IA, Big Data e a Internet das Coisas. Essas instalações são capazes de produzir um smartphone por segundo, superando a capacidade de rivais como a Apple e reduzindo drasticamente os custos de mão de obra e energia.

* Liderança em múltiplos setores: O sucesso da Xiaomi não é um caso isolado. A BYD conseguiu superar a Tesla na produção e venda de veículos elétricos, e a Baidu superou a Waymo em tecnologia de direção autônoma em termos de preço.

* Escala nacional: até fevereiro de 2025, a China já havia construído 30.000 fábricas inteligentes, das quais 1.200 são consideradas de nível avançado e 230 são consideradas de nível excelente.

Esta ofensiva responde à visão estratégica do presidente Xi Jinping: transformar a China em uma superpotência tecnológica global, superando os Estados Unidos, e coibir a terceirização da produção para países com custos de mão de obra mais baixos. A iniciativa "AI Plus" e o investimento público maciço, incluindo um fundo de US$ 8,2 bilhões para IA, apoiam essa ambição.

Seguindo de perto os passos da China, a Coreia do Sul, outra potência manufatureira, também está adotando rapidamente a IA em suas fábricas.

* Fábricas de Sonhos e Gigantes da Tecnologia: A LG Innotek, subsidiária do conglomerado LG, inaugurou sua Fábrica de Sonhos (드림 팩토리) na província de Gumi em abril de 2025, um centro de manufatura com tecnologia de IA que opera sem intervenção humana direta, reduzindo custos e aumentando a eficiência. Gigantes como Samsung, SK Hynix e Hyundai também estão implementando IA para manter sua liderança global em semicondutores e automóveis.

* Resposta estratégica: Para a Coreia do Sul, a adoção da IA ​​é uma resposta à pressão competitiva da China e, principalmente, à sua grave crise demográfica: o país tem a menor taxa de natalidade do mundo e uma população em idade ativa em declínio acentuado. A IA é vista como uma solução para a iminente escassez de mão de obra.

* Ambição Nacional: O país pretende se tornar uma das "três maiores potências globais em IA". O governo prometeu US$ 7,5 bilhões para acelerar a integração da IA ​​na indústria.

Essa corrida pela automação inteligente pode consolidar a vantagem industrial do Leste Asiático, apesar dos esforços ocidentais para relocalizar ou terceirizar a produção. Aumentos de produtividade e reduções de custos resultantes da IA ​​podem tornar a indústria chinesa e sul-coreana ainda mais competitiva globalmente. No entanto, essa rápida transformação também representa profundos desafios sociais internos, como a requalificação da mão de obra e potenciais perdas de empregos.

«A Xiaomi opera 'fábricas obscuras' totalmente automatizadas e alimentadas por IA, capazes de produzir um smartphone por segundo, superando a produção da Apple.» – Baseado em.

Paralelamente à revolução da IA ​​na indústria, a "guerra dos chips" entre os Estados Unidos e a China continua sendo um ponto crítico com profundas implicações para a Ásia. Por meio de iniciativas como a Lei CHIPS, os Estados Unidos buscam ativamente reconfigurar as cadeias globais de suprimentos de semicondutores, trazendo a produção de volta ao seu país de origem e reduzindo a dependência da Ásia. Isso desencadeou uma onda de investimentos multibilionários por gigantes como Intel, TSMC (Taiwan), Micron e Amkor, ultrapassando US$ 540 bilhões em investimentos anunciados.

Países como Taiwan e Coreia do Sul, potências na fabricação de semicondutores e centros de montagem como a Malásia, encontram-se em uma posição delicada, pressionados pelas restrições americanas e pelas ambições chinesas de autossuficiência tecnológica. A China, por meio de seu plano "Made in China 2025" (MIC25), conseguiu reduzir parte da dependência de importação de chips de memória, mas permanece atrasada em semicondutores de ponta. Essa disputa pelo controle de uma tecnologia essencial para quase todas as indústrias modernas pode levar a uma bifurcação dos padrões tecnológicos e à fragmentação do mercado global, com aumento de custos e potencial desaceleração da inovação.

Um exemplo das dificuldades neste setor é o relatório recente do Alibaba, no qual a receita de sua divisão de nuvem — essencial para seus planos de IA — ficou abaixo das estimativas, contribuindo para a queda de suas ações. Isso ressalta que, apesar do enorme potencial, monetizar serviços de IA e nuvem continua sendo um desafio, mesmo para os principais players.

| País | Principais empresas | Iniciativas/fábricas notáveis ​​| Principais objetivos estratégicos | Principais desafios/dependências |

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| China | Xiaomi, BYD, Baidu, Huawei | 30.000 fábricas inteligentes, as "Dark Factories" da Xiaomi | Ultrapassando os EUA em alta tecnologia, reduzindo a terceirização, "Smartly Made in China" | Autossuficiência em semicondutores de ponta |

| Coreia do Sul | LG Innotek, Samsung, SK Hynix, Hyundai | "Fábrica de Sonhos" da LG Innotek, implantação de IA em conglomerados | Manutenção da liderança industrial global, tornando-se uma potência em IA, superando a crise demográfica | Concorrência da China, garantindo talentos em IA, cadeia de suprimentos de chips |

A revolução tecnológica na Ásia, impulsionada pela IA na manufatura e pela competição acirrada por semicondutores, está redesenhando o mapa econômico e industrial do século XXI. As nações que liderarem essa transformação não apenas garantirão sua prosperidade, mas também exercerão uma influência decisiva no futuro global.

La Verdad Yucatán

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