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A Colômbia supera a média latino-americana no uso da internet, mas ainda tem uma exclusão digital de 33%.

A Colômbia supera a média latino-americana no uso da internet, mas ainda tem uma exclusão digital de 33%.
A Colômbia fez progressos no acesso à internet, mas ainda existem desafios profundos que impedem o uso equitativo e generalizado da tecnologia em todas as regiões. Com 33% da população ainda sem conectividade digital, o Ministério da Tecnologia da Informação e Comunicação traçou um caminho claro para acabar com essa lacuna.
Em entrevista ao EL TIEMPO, o ministro Julián Molina explica as estratégias, os investimentos e os desafios que o país enfrenta em seu caminho para garantir o acesso digital para todos.

Julián Molina, Ministro das TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação) Foto: Sergio Medina / EL TIEMPO

Qual é o panorama atual da exclusão digital na Colômbia?
Temos um grande desafio. A exclusão digital na Colômbia está aproximadamente entre 31% e 33%. Esses 33% representam a desigualdade mais profunda que ainda precisamos eliminar. Porque acabar com a exclusão digital significa acabar com as grandes desigualdades de amanhã. Além disso, é inversamente proporcional à economia: à medida que a diferença diminui, a produtividade do país aumenta.
Como a Colômbia se compara a outros países em termos de uso da internet?
A Colômbia é um país de renda média. Em média, os países de renda média têm uma taxa de uso da internet de 68%. Estamos acima, em 79%. Embora ainda estejamos longe dos 93% dos países de alta renda, esta é uma boa notícia: estamos indo na direção certa.

Indicadores Internacionais de Pobreza na Internet Foto: Cortesia do MinTIC

Como você preenche essa lacuna? Qual é a abordagem do Ministério?
Para fechá-lo é preciso ter uma rota livre. O primeiro passo é a motivação: muitas pessoas, principalmente as mais velhas, nunca usaram a internet e não se sentem parte dessa realidade. E quando algo é desconhecido, não parece necessário. Depois vem o acesso físico, que envolve duas coisas: conectividade e dispositivos. O Estado tem uma tarefa enorme aí.
Que progresso foi feito na conectividade em escolas rurais?
Quando chegamos, apenas 12% das escolas rurais tinham acesso à internet. Hoje estamos em 56% e nossa meta é chegar a 86% até o final deste ano. Conectar escolas é fundamental porque é aí que o desenvolvimento de habilidades digitais começa desde a infância.

Rota para reduzir a pobreza digital Foto: Cortesia do MinTIC

Que investimento o Governo fez para levar adiante essa tarefa?
O Governo da Mudança investiu 2,5 bilhões de pesos em conectividade, um bilhão a mais que administrações anteriores. E não se trata apenas de conectividade; trata-se também de criar condições para a educação digital. Há um compromisso estrutural para fechar essa lacuna.
Como essas redes estão sendo levadas aos territórios?
Trabalhamos com vários modelos. Uma delas são as redes backbone, que são como as grandes rodovias da Internet. A partir daí, os provedores de serviços locais (ISPs) conectam as casas no que chamamos de “última milha”. Além disso, desenvolvemos o modelo de comunidades de conectividade, onde capacitamos a própria comunidade a gerenciar e administrar seu próprio serviço de internet em locais onde grandes operadoras não conseguem chegar.

Ações para reduzir a pobreza digital Foto: Cortesia do MinTIC

Qual é o horizonte de longo prazo para a conectividade na Colômbia?
Temos um Plano Nacional de Conectividade que vai além deste governo; é um plano de estado. Inclui anéis de conectividade e redes redundantes, para que nenhum município fique isolado caso uma rede falhe. É um esforço para garantir acesso sustentável e confiável em todo o país.

Ações para reduzir a pobreza digital Foto: Cortesia do MinTIC

Quais são os maiores obstáculos para acabar com a exclusão digital hoje?
O principal é o orçamento, como acontece em muitos países. É por isso que trabalhamos com o conceito de pobreza digital, que atualmente afeta quase 30% da população. Não basta implantar redes; Também precisamos educar e apoiar as pessoas para que elas possam assumir o controle da internet, porque o acesso sem uso real não fecha nenhuma lacuna.
Ana Cristina Álvarez Montoya
eltiempo

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